segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Piloto Memorável 2# - Carlos Reutemann


Um dos ídolos de argentinos, brasileiros, e "mundialistas" (quero dizer estrangeiros), Carlos Alberto Reutemann nasceu em Santa Fé, no dia 12 de abril de 1942. Filho de um pai argentino, mãe italiano, e avô suiço-alemão, Carlos começou correndo com um pequeno Fiat, para depois passar a correr no Turismo e na Fórmula 2 argentina. 

Foi para e Europa em 1970, e começou a surpreender, mostrando seu talento, capaz de ser comparado com Juan Manuel Fangio. Com isso, o novo team principal da Brabham, Bernie Ecclestone, não quis perder muito tempo, e contratou Reutemann para correr ao lado de Graham Hill em 1972. Sua estreia foi incrível, fazendo a pole position para o GP da Argentina, os seus fanáticos fãs enlouqueceram e esperavam uma boa performance de Carlos no Circuito de Buenos Aires. Infelizmente, Reutemann acabou terminando em 7º, mas era uma boa prova de estreia, até mesmo melhor do que do bicampeão Graham Hill, que não andou 11 voltas...


Ele acabou não completando o GP da África do Sul, e não participando dos GPs da Espanha e de Mônaco. Acabou voltando no GP belga, onde terminou em 13º, na França terminou em 12°, e na Grã-Bretanha em 8º. Começou uma sequência de 4 abandonos nas 5 últimas provas, e na única que terminou, conquistou um 4º lugar, no Canadá. No dia 30 de março participou do GP Brasil, prova extra-campeonato, e conquistou uma vitória, terminando a frente de Peterson e Wilson Fittipaldi.

Manteve-se na Brabham em 1973, quando iria conquistar seus primeiros pódios. O ano começou consideravelmente mal, abandonando 4 das 6 primeiras corridas, e não fazendo boas atuações nessas duas outras corridas. Na Suécia, Carlos conquista um 4º lugar, que seria superado pelo 3º posto na França. Voltou a pontuar na Grã-Bretanha, com o 6º lugar, na Áustria, com o 4º posto, e na Itália, novamente com o 6º lugar. Na última prova do Campeonato, volta ao pódio, novamente com o 3º lugar, em uma prova triste, sem a Tyrrell, e sem Cevert...


Mais um ano na Brabham, um 1974 que seria especial para o argentino, que começa com dois 7ºs lugares, um na Argentina e outro no Brasil. Na corrida seguinte, em Kyalami, Carlos conquista sua primeira vitória, que infelizmente se seguiria por 5 abandonos em 6 corridas. Depois dessa triste sequência, "El Lole" foi 6º na Grã-Bretanha, e 3º na Alemanha. Faltavam 4 provas para fim do Campeonato, em duas delas, Reutemann não pontua, mas nas outras duas... ele vence na Áustria e nos EUA, fechando o ano em 6º lugar.

Começa bem o ano de 1975, terminando em 3º em casa, e semanas depois sendo 2º na África do Sul. Parecia que naquele ano Carlos se firmaria na F-1 com um dos melhores pilotos, e acabou fazendo isso. Foi ao pódios no triste GP de Montjuc, no GP da Bélgica e da Suécia. Conquistou seu primeiro ponto, fora dos pódios, na Holanda, com o 4º lugar, e semanas depois conseguiu sua única vitória no ano, na Alemanha. Seu último ponto foi na Itália, e "El Lole" conseguiu terminar em 3º, com 37 pontos.

Em 1976 tem o seu pior ano, tendo apenas 3 pontos e terminando em 16º, da mesma forma de 1972. Reutemann terminou em 4º na Espanha, e teve que enfrentar 9 abandonos nas 12 corrida em que disputou pela Brabham. Participou do GP da Itália com o carro da Scuderia Ferrari, mas também não impressionou, terminando em 9º.


Para 1977, é chamado pela Ferrari, para correr ao lado de Niki Lauda, que ainda se recuperava do acidente. Começa o ano muito melhor do que o austríaco, conquistando um 3º lugar na Argentina, e vencendo o GP Brasil. Passaria duas corridas sem pontuar, e voltaria ao pódio em Jarama, seu 2º lugar seria repetido na última prova, no Japão. Carlos ainda foi 3º em Mônaco e Suécia, e conquistou pontos nos GPs da França (6º), Alemanha (4º), Áustria (4º), Holanda (6º) e EUA (6º). Terminou o ano em 4º com 42 pontos.

Em mais uma Temporada pela escuderia italiano, Carlos vence 4 vezes, maior quantia de vitórias dele em um única época. Sua primeira vitória foi no Brasil, depois repetiu o feito no GP do Oeste dos EUA. Foi 3º na Bélgica, da mesma forma que em Monza e Montreal. Venceu na Grã-Bretanha e nos EUA também, com isso terminou em 3º com 48 pontos.


Foi para a Lotus em 1979, substituindo Ronnie Peterson. O começo é animador com a equipe campeã, Carlos conquista o 2º lugar na Argentina, e um 3º no Brasil, é 5º na África do Sul e repete o 2º lugar na Espanha. Volta aos pontos na Bélgica com o 4º lugar, e é 3º em Mônaco, onde ele marcaria seu último ponto naquele ano. Tudo começaria a piorar a partir do GP francês, tendo um 7º e um 8º posto como melhor colocação em corridas.

Vai para uma equipe que acabava de vencer a sua primeira prova, e já era considerada grande. Ele nem sequer imaginava, mas seu novo companheiro seria seu grande rival, Alan Jones. Seu começo não é tão bom, completando apenas uma das primeiras 4 provas. Seu primeiro pódio seria na Bélgica, com o 3º lugar, que seria repetido na Grã-Bretanha, na Áustria e na Itália. Sua primeira vitória e única vitória foi no Mônaco. Ele seria 6º na França e 4º na Holanda, e ainda teria vários 2ºs lugares, na Alemanha, no Canadá e nos EUA. Após um ótimo fim, Reutemann aparecia como um dos favoritos para o ano de 1981. Nesse ano, seu companheiro foi Campeão, e o maior problema de Carlos foi não ser regular nas primeiras provas, senão ele conquistaria o título...


Em 1981 Reutemann vem com uma grande motivação, sendo 2º no GP do Oeste dos EUA, 1º no Brasil, 2º na Argentina, 3º em San Marino e 1º na Bélgica. Seu inicio arrasado o dava 12 pontos de vantagem para Nelson Piquet, que aparecia ser seu grande rival naquele ano. Seu grande rival mesmo seria o próprio companheiro de equipe, Alan Jones. Semanas antes, no GP Brasil, Carlos liderava, então a equipe decidiu que Jones deveria vencer a prova, por ser o primeiro piloto, há minutos do final, as placas no pit wall sinalizavam Jones á frente de Reutemann, que desobedeceu e venceu a prova.


Ali era o começo de uma das maiores disputas internas na F-1. Na Espanha, Carlos é 4º, coisa que nem chega perto da alegria de voltar ao pódio outras duas vezes, na Grã-Bretanha (2º) e na Itália (3º). Mesmo assim, o argentino perdeu o título para o brasileiro Nelson Piquet, que sagrou-se campeão pela primeira vez, enquanto Carlos tinha que aguentar seu primeiro vice...

Em 1982 se manteve na equipe inglesa, e começou bem, com o 2º lugar no GP da África do Sul, e depois acabou abandonando no Brasil. Logo após a prova, o argentino se retirou da F-1, segundo ele por causa da Guerra das Malvinas. entre Argentina e Reino Unido, que poderia criar uma "ar" ruim dentro da equipe. Segundo Patrick Head ele quis simplesmente se aposentar porque "seu coração não estava mais nisso".


Esse era o fim da carreira do melhor argentino desde Fangio. Reutemann bateu na trave em 1981, e depois disso acabou "perdendo a animação para isso", com disse Head. Mas a desculpa por causa da Guerra das Malvinas é até convincente na minha opinião, mas pelo que Patrick Head falou, acredito mais no inglês...

O que eu acho: Grande piloto, deveria ter ganhado até mais que um título, talvez dois. Infelizmente sofreu com carros que não eram totalmente de pontas, e quando teve tinha á sua frente o primeiro piloto, seja Lauda, seja Jones. Mesmo superando-os, Reutemann não conseguiu ganhar, isso deixa a Argentina em seu cada vez maior jejum de títulos...
NOTA: 9,0

Imagens tiradas do Google Imagens

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