quarta-feira, 30 de setembro de 2015

25 Anos - Um Fim-de-Semana Pesado em Jerez


Dia 28 de setembro de 1990. Os treinos em Jerez começam a todo vapor, com Ayrton Senna prestes a marcar sua 50º pole position. As Lotus vem tendo um ótimo desempenho á ponto de andarem entre os dez primeiros, o que os levava a crer em pontos para o domingo. O jovem britânico Martin Donneley sai á pista para marcar suas últimas voltas rápidas, mas não retorna de volta para os boxes.

Um terrível acidente havia lançado o corpo do piloto para fora do carro numa das cenas mais fortes da história da categoria. Com ferimentos (muito bem) visíveis, Donneley estava lá, estirado no chão, todo contorcido e com as câmeras focando em seu corpo. O Lotus, que parecia ser todo emendado e rebitado mal resistira ao acidente que ocorreu no guard-rail, que ficou destruído.


Apesar do impacto, o piloto conseguiu sair dessa, recuperando-se, mas nunca voltado á correr de volta no circo. Uma pena... Em meio ao abalo, os treinos voltaram para Senna marcar sua 50º pole para chegar como favorito para um bicampeonato faltando 3 provas para o fim. Alain Prost fechava a primeira fila, com Nigel Mansell largando ao lado de Alesi e Berger, Patrese, Boutsen, Piquet, Nannini e o abatido Warwick largando no top ten.


Na largada, Alesi acaba batendo e abandonando, piorando as chances de um bicampeonato de Senna mais cedo. Depois de mínimas mudanças, as paradas mudaram toda a perspectiva do pódio, colocando Alain Prost na frente, Ayrton em segundo e Nelson em terceiro. Infelizmente, Piquet teria problemas que forçaram-o abandonar.

Apenas algumas voltas depois, lá estava Senna, sentado no muro depois de abandonar e deixar a disputa pelo título pro Japão. Com outros abandonos, além de passar pelos dois Williams, Alessandro Nannini era o novo colocado no pódio. Ao fim das 73 voltas em Jerez, Alain Prost seguia com mínimas chances de título, mas pelo menos diminuia as chances de uma humilhação.


Nigel Mansell era o segundo, com Nannini comemorando outro merecido pódio na temporada de 1990, a melhor do italiano que já tinha brigado por vitória com Senna na Alemanha. Infelizmente, dias depois, Alex acabaria sofrendo um acidente de helicóptero, fazendo-o perder o braço esquerdo, que mesmo replantado não tinha as mesmas utilidades de antes. Resultado? Nannini se recuperou, mas jamais voltou para a Fórmula 1, competindo pela Alfa na DTM durante os anos 90.


Este foi o fim-de-semana do GP da Espanha de 1990, ocorrido há 25 anos. Considero essa corrida como aquela que marcou a virada da década de 80 para 90, especialmente graças á segurança que aumento mais no esporte. No fim da temporada, Senna era bicampeão depois de jogar o carro em Prost, Piquet era o showman depois de duas vitórias seguidas, Moreno era o novo brasileiro nas equipes grandes, Alesi era a nova promessa, Boutsen era o novo descartado, Mansell voltava para casa, Donneley e Nannini se recuperavam e Patrese... continuava o bom e velho escudeiro de sempre.

Acabo o post dizendo: "Até hoje tento entender a dinâmica do acidente, mas não consigo"

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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Notícia: Grosjean na Haas


Se foi uma ótima escolha feita pelo francês veremos, mas a escolha feita pelos estadunidenses foi ótima, especialmente por se tratar de um jovem talento que ainda quer mostrar que não deve ser mais lembrado pelos seus acidentes. De qualquer modo, agora é esperar pelo anúncio do segundo piloto, que poderá ser Vergne ou Gutiérrez.

E eu já comecei acertando nas minhas previsões...

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VÍDEO: A Beleza de Nürburgring


Que Nürburgring é fantástico ninguém duvida, mas, caso alguém ainda ache que o circuito não é aquelas coisas, veja esse lindo vídeo como mostra toda a beleza do gigantesco e monstruoso circuito alemão, que está localizado na cidade de Nürburg na região montanhosa de Eifel.


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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

35 Anos - Jones e Seu Controverso Título


Há exatos 35 anos acontecia o GP do Canadá de 1980, vencido por Alan Jones seguido por Carlos Reutemann e Didier Pironi. A prova acabou sendo marcante para uma das melhores temporadas da Fórmula 1 até então, afinal, foi nela que Alan Jones conquistou seu único título, em cima de Nelson Piquet. Tá, mas e a controvérsia?

Vamos começar revisando rapidamente a temporada de 1980. Depois de um ótimo fim de ano, a Williams era a favorita para o título, começando logo com o pé direito com a vitória de Alan Jones na Argentina. Semanas depois, no Brasil, é a vez da Renault contra-atacar, com Jabouille fazendo a pole e René Arnoux conquistando a vitória, que seria repetida em Kyalami.


Numa corrida confusa em Long Beach, Nelson Piquet surpreende e conquista sua primeira vitória, com Emerson Fittipaldi e Riccardo Patrese completando o pódio. Uma semana depois, os pilotos estavam na Bélgica, onde Didier Pironi conseguiu parar o poderio das Williams para entrar na briga pelo título, que além do francês tinha Arnoux, Piquet e Jones.

Sob pressão, Reutemann vence em Mônaco para se aproximar dos lideres. No fantástico Paul Ricard, Alan Jones sai vencedor mais uma vez, e semanas depois, em Silverstone, repete o feito para abrir seis pontos para Nelson Piquet. Arnoux e Pironi começam a perder fôlego. Depois do triste ocorrido com Patrick Depailler, a categoria vai de luto á Alemanha, onde Laffite vence em honra do amigo.


Na Áustria, Jabouille finalmente tem sorte para conquistar sua última vitória na categoria, enquanto Carlos Reutemann encosta em Nelson Piquet, que deixa Alan Jones escapar na frente do Campeonato de Pilotos. Depois de muitos meses, o brasileiro da Brabham volta a conquistar uma vitória, enquanto Jones abandona. A diferença agora era de 2 pontos.

Em Ímola, o GP da Itália é vencido por Nelson Piquet, com Jones e Reutemann completando o pódio. Para a comemoração brasileira, Nelson liderava pela primeira vez um Campeonato, ascendendo ainda mais as chances de um terceiro título brasileiro. Agora, o circo chegava á Montreal, para outro GP do Canadá, que podia ver o australiano campeão graças á regra dos descartes.


Nos treinos, Piquet marcou 1:27.328 para ser pole, enquanto Jones conseguiu um tempo de 1:28.164 para fechar a primeira fila. Seguindo-os estavam Didier Pironi, Bruno Giacomelli, Carlos Reutemann, Keke Rosberg, John Watson, Andrea de Cesaris, Jacques Laffite e Hector Rebaque. Depois que se apagaram as luzes, Alan conseguiu ficar lado-a-lado com o brasileiro, que não aliviou.

Na primeira curva, Jones joga Piquet para o muro, resultando em acidentes multíplos envolvendo, além do brasileiro, Jean-Pierre Jarier, Derek Daly, Emerson Fittipaldi, Keke Rosberg, Mario Andretti, Gilles Villeneuve e Jochen Mass. Piquet, Emmo, Gil e Mario conseguiram relargar com os carros reservas, mas isso era péssimo para o piloto da Brabham, que tinha um motor Cosworth de treinos em seu novo carro. As chances dele estourar eram altíssimas.


Na relargada, Nelson Piquet perde as duas primeiras colocações, mas logo recupera o segundo posto de Pironi. Na segunda volta, retoma a ponta depois de passar por Alan Jones. Tudo transcorria normalmente, mas com todos os envolvidos com a equipe Brabham apreensivos, para ver se o motor Ford resistiria. Infelizmente, na volta 23, Piquet abandonou depois do estouro de seu V8.

Duas voltas depois, com a quebra da suspensão, Jean-Pierre Jabouille sofre um terrível acidente frontal, quebrando sua perna. Mesmo assim a corrida continua, com Pironi assumindo a liderança em cima de Jones, que precisava de uma vitória para se tornar campeão. Por um momento, parecia que ainda existia um pingo de esperança, mas logo souberam que o francês teria que pagar uma punição de 1 minuto por queimar a largada.


Depois de dar show, Villeneuve consegue um pontinho em casa com um carro defasado, enquanto Didier Pironi vence, mas não leva. Para concretizar o domínio dos carros da Williams, Reutemann ainda consegue um segundo lugar, enquanto Jones, campeão, é o primeiro. Um clima estranho rodava pelo paddock, afinal, era a primeira vez que um título havia sido decidido, pelo menos indiretamente, por causa de um toque, que não foi motivo de punição da direção de prova.

Nelson Piquet ainda pareceu feliz ao dizer: "Não tenho o que reclamar. Venci três corridas, terminei vice-campeão e serei um forte candidato o ano que vem.". Depois do GP canadense, ainda tinha a prova de Watkins Glen, que acabaria sendo vencida por Alan Jones após Nelson Piquet rodar a abandonar. No ano seguinte, o australiano se tornaria elemento chave para a conquista do brasileiro, que curiosamente estava na Brabham, equipe do australiano Jack Brabham...


Assim acabou a temporada de 1980, com uma controvérsia que é pouco discutida atualmente. Para mim, nem Hill, nem Hawthorn e nem Phil Hill foram os piores campeões da história da categoria, e sim Alan Jones, que apesar de ser um piloto talentoso, teve uma equipe inteira trabalhando em pró dele que ainda tinha o melhor carro e ainda foi sujo na hora da decisão. De qualquer modo, como eu disse, acho o australiano um ótimo piloto, mas que merecia menos o título do que outros como Reutemann, Peterson, González, Villeneuve, Bellof...

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domingo, 27 de setembro de 2015

Minha Opinião: As Duplas de 2016


Com as últimas notícias, finalmente cheguei ao ponto de fazer um post sobre as prováveis duplas de 2016. Vejam, logo abaixo, a minha lista enquanto aproveito para perguntar: E o grid de vocês? Como deverá ficar? Espero que gostem:

Mercedes AMG Petronas F1 Team:
44 - Lewis Hamilton
6 - Nico Rosberg
A dupla já foi confirmada há tempos, e o que podemos esperar, no máximo, é uma recuperação de Rosberg para que ele volte a animar a disputa pelo título. Para 2016, se espera outro grande pulo da equipe alemã, que agora vai ficar mais preocupada com a Ferrari, que evoluiu muito desde o fim de 2014 e continua evoluindo.


Scuderia Ferrari:
5 - Sebastian Vettel
7 - Kimi Räikkönen
A Ferrari era o alvo da Silly Season, com especulações envolvendo Bottas no lugar de Räikkönen que se aposentaria. Mas como nada disso foi confirmado, a equipe italiana foi na onda dos pedidos de Vettel e manteve o finlandês, que precisará mostrar serviço na próxima temporada, para nos alegrar numa provável batalha interna ou até mesmo contra as Mercedes, o que seria ótimo.


Williams Martini Racing:
77 - Valtteri Bottas
19 - Felipe Massa
A dupla mais cornetada pelos brasileiros continuará a mesma para 2016. O maior desafio da Williams será, primeiro, melhorar seu trabalho nos boxes, e, segundo, ter um carro que ande melhor em pistas sinuosas como Mônaco, Hungaroring e Marina Bay. Na melhor das hipóteses, pode até disputar com a Ferrari.


Infiniti Red Bull Racing
3 - Daniel Ricciardo
26 - Daniil Kvyat
Tenho dó da dupla, que pode ficar a pé no meio de críticas que sua equipe vem sofrendo não arranjando um bom motor, pelo menos em condições, para 2016. A conversa com a Mercedes era boa, mas segundo Lauda, eles não voltaram depois das primeiras negociações. Agora, com a Ferrari, a Red Bull quer receber o mesmo motor da equipe de Maranello... um absurdo, para os italianos...

Sahara Force India F1 Team:
27 - Nico Hülkenberg
11 - Sergio Pérez
Uma das minhas duplas preferidas se manterá a mesma no ano que vem. Segundo o próprio Mallya, o objetivo maior da equipe será ingressar no pelotão da frente em 2017, já que haverá uma grande mudança nas regras. Só falo isto: Torço.


Lotus F1 Team:
13 - Pastor Maldonado
     - Jolyon Palmer / Esteban Ocon / Oliver Rowland
Apenas o MITO das alegrias da atualidade está confirmado, e por isso se abrem algumas possibilidades de quem poderá ocupar a segunda vaga, que certamente não será de Grosjean. Lembrando que a equipe se tornará Renault em 2016, o que pode afetar na contratação de um outro piloto, e até mesmo na vaga de Maldonado. Mas no momento, muito se fala de Jolyon Palmer, que é o terceiro piloto, e Esteban Ocon, que corre na GP3. Quero ainda avisar de uma mínima chance de Oliver Rowland compor o futuro time francês no ano que vem.


Scuderia Toro Rosso:
33 - Max Verstappen
55 - Carlos Sainz Jr
Ainda não vimos a confirmação do companheiro de Max Verstappen, mas tudo indica é a continuação de Carlos Sainz Jr na equipe, que também vem fazendo ótimo trabalho. 

Sauber F1 Team:
12 - Felipe Nasr
9 - Marcus Ericsson
Nenhuma novidade. Só esperamos que o carro seja bem nascido em 2016, para que possamos ver Nasr e Ericsson tendo condições de pontos mais regularmente.


McLaren Honda:
14 - Fernando Alonso
22 - Jenson Button
Acabou o mimimi depois de Ron Dennis anunciar a continuação de Jenson Button com a equipe de Woking em 2016. Mesmo assim, já dou alguns chutes para um futuro não muito longe de uma dupla composta de Alonso e Vandoorne, ou até mesmo de Vandoorne com Magnussen, que também mostrou ter talento em 2014.


Manor Marussia F1 Team:
     - Pascal Wehrlein 
28 - Will Stevens / 98 - Roberto Merhi / 53 - Alexander Rossi
Com o anúncio de Lauda, a Mercedes fornecerá motores para a Manor em 2016, o que poderá abrir uma boa porta para o talentoso alemão Pascal Wehrlein, que conseguiu a façanha de marcar tempos à bordo de uma Force India e de uma Mercedes no mesmo dia na pré-temporada. Com isso, a disputa por ser o segundo piloto esquentou, com Stevens tendo mais chances graças ao dinheiro, mas, caso o que contasse para a Manor fosse o talento, a disputa estaria entre Rossi e Merhi.


Haas F1 Team:
8 - Romain Grosjean
21 - Esteban Gutierrez / 25 - Jean-Éric Vergne
Com Grosjean fora da Lotus, a maior porta que se abriu em 2016 foi na Haas, que anunciará seus pilotos nesta terça, ás 11 horas. A disputa mais quente durante esse tempo todo será entre Esteban e Jean-Éric, que já estiveram na Fórmula 1, com o francês conseguindo resultados mais expressivos do que o mexicano, que terá o dinheiro ao seu lado.

Para terminar o post, quero adicionar outros nomes que poderão fazer parte da Fórmula 1 até 2019: Felix Rosenqvist, Luca Ghiotto, Antonio Giovinazzi, Charles Leclerc, Sergio Sette Camara, Marvin Kirchhöfer, Emil Bernstorff, Sergey Sirotkin, Rio Haryanto, Mitch Evans e Raffaele Marciello. Esses são nomes que eu guardarei para o futuro, pois, quem sabe, possam chegar na Fórmula 1 em breve.

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sábado, 26 de setembro de 2015

Quando Você Acha Que Já Viu de Tudo 9# - Mais Um Brasileiro na Benetton?


Pelo que me lembro, apenas dois brasileiros passaram pela Benetton, mas sabia que existe um que podia fazer parte da dupla (formando um trio) Nelson e Roberto? Estou falando de Maurizio Sandro Sala, paulistano, casado, tem dois filhos, e que já duelou com Ayrton Senna na sua adolescência. Quando ambos chegaram á Europa, cada um estava numa categoria, dificultando o acesso da mídia, que, é claro, focava no futuro tricampeão.

Quando ainda corria em competições de base, Sala começou a chamar atenção das equipes de Fórmula 1. Um chamado foi feito pela Benetton, na época ainda chamada de Toleman. No fim de 1985, Sandro estava ao lado de Paolo Barilla e Alessandro Nannini em Paul Ricard, prestes a andar um pouco no carro que tinha sido de Teo Fabi e Piercarlo Ghinzani.


Os tempos foram surpreendentes, com o brasileiro superando os dois italianos, que eram os principais cotados para uma vaga na Benetton. Agora, a decisão seria mais difícil de ser feita. Por isso eles marcaram outro teste, no começo de 1986, já com um motor BMW em Silverstone. Depois de 15 voltas, o brasileiro teve que devolver o carro de volta á equipe que tinha que manda-lo para o Rio, já que a corrida de abertura estava muito próxima.


Maurizio disse: "O carro é completamente diferente comparado ao do ano passado. Com o motor BMW é muito mais potente! Para começar havia um problema com a demasiada pressão do turbo, a "pescagem" do combustível e com a engrenagem do câmbio, mas esses eram os únicos problemas. Eu fiz cerca de 10-15 voltas e nós terminamos pelas 11 horas para que o carro pudesse ser levado de volta a fabrica e, em seguida, para o Rio. "Eu tentei apenas uma volta rápida porque era um shakedown e tinha vários Fórmula Fords e F3s por perto."

O team manager, Peter Collins também disse ao jornal: "Não é nada mais do que um shakedown", e ainda acrescentou: "Sala testou para nós no passado e é, convenientemente, do mesmo tamanho de Teo Fabi, por isso é ideal para entrar no cockpit rapidamente sem nenhum ajuste."


A sua vez ainda não havia chegado, mas parecia que poderia finalmente chegar em 1987, quando Bernie Ecclestone ofereceu uma vaga na Brabham. Das exigências, uma seria difícil de se cumprir, que era conquistar o título da F-3 britânica. A disputa entre Nigel Mansell e Nelson Piquet se aproximava do auge, atingindo proporções imensas que chegavam as categorias de base.

Correndo pela equipe de Eddie Jordan, Sala passou a ser prejudicado, enquanto, ao mesmo tempo, tinha que enfrentar as duras criticas da imprensa britânica, que sonhava com Andy Wallace na Fórmula 1 na temporada seguinte. O resultado? Um vice-campeonato que acabou com a carreira de Maurizio, que foi para o Japão...


Assim acabou a história de Maurizio Sando Sala, o brasileiro que rivalizou com Ayrton Senna, quase conseguiu uma vaga na Benetton e foi prejudicado pela própria equipe enquanto era massacrado pela imprensa britânica...

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Quando Você Acha Que Já Viu de Tudo 8# - GP de Cingapura


O ano é 1988. Percebendo o sucesso de GPs asiáticos, Bob Barnard e Mal Hemmerling preparam-se para dar mais uma cartada em busca da "revolução". A ideia era levar a Fórmula 1 para Cingapura no ano de 1990, uma coisa que só se realizou em 2008, 20 anos depois desse anúncio. Já sei no que você deve ter pensado: Imagine Ayrton, Alain, Nigel, Nelson, Gerhard, Alessandro e outros monstros andando nas ruas da ex-colônia britânica...

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Quando Você Acha Que Já Viu de Tudo 7# - Mika na Footwoork


Estava procurando por algo para postar aqui no blog e achei esta foto, de um teste realizado em Silverstone no ano de 1993. Vasculhei um pouco mais de informações e achei em blogs, como do Capelli e do F1 Nostalgia. Eis Mika Häkkinen, cedido pela McLaren que já tinha a suspensão eletrônica que estava sendo testada pela Footwork, que não gostou dos péssimos tempos de Derek Warwick.

Ao fim do dia, com o finlandês andando cada vez mais rápido, o tempo ficou na casa dos 1:25, nada muito fantástico comparado com o que eles fizeram na corrida, quando Warwick conseguiu um tempo de 1:22.834.

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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Quando Você Acha Que Já Viu de Tudo 6# - E Se Tivesse Dado Certo?


Para enxergar melhor. Adivinha quem está à bordo desta Ferrari num teste feito em Fiorano (é claro), no ano de 1978. Se você conseguiu identificar pelas faixas, passe a ter certeza que é Elio de Angelis, isso mesmo, de Angelis andando num Ferrari no fim da década de 70, quando o italiano estava prestes á ir para a Fórmula 1. Não consegui nenhuma informação sobre o teste, nem a data em que foi realizado... mas nada é tão bom quanto compartir uma foto dessas...

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terça-feira, 22 de setembro de 2015

As Lendas do Campeonato Europeu


Estou preparando uma série de publicações sobre o Campeonato Europeu de Automobilismo, que teve seu início em 1931 e foi até 1939, quando a II Guerra estourou. Vou mostrar á vocês uma "pequena" lista de grandes nomes do CEA (vamos chamar assim a partir de agora). Então sente-se na cadeira e leia com calma o nome de cada piloto, pois você sem dúvida voltará á ouvi-lo:

Hermann Paul Müller
Já contei a história de Paul Müller. Mas só vou dar uma rápida lembrada: Depois de uma carreira bem sucedida nas motocicletas alemãs, Hermann se tornou piloto da Auto Union, onde se mostrou como piloto consistente. Em 1939, enfim teve sua chance, conquistando uma vitória e assumindo a liderança do título, que ficou com ele. Mas, uma controvérsia, que dura até hoje, acabou dando o título á Lang, que conquistou mais pontos segundo o novo sistema de pontuação, que não foi oficializado...


Dick Seaman
O britânico chamou a atenção da Mercedes-Benz, que fez bom uso do piloto de Chichester. Na temporada de 1939, quando tudo parecia que daria certo para o piloto da península britânica, Dick acaba morrendo depois de sofrer um grave acidente no GP da Bélgica. Curiosamente, sua mulher, Erica Popp, era filha do CEO da BMW...


Rudolf Hasse
O caso de Rudolf Hasse era curioso. O alemão corria para uma equipe nazista, sendo que ele era socialista. Hasse não coleciona várias vitórias, sendo que tem apenas uma no Campeonato oficial, mesmo assim ele fez parte da importante história da rivalidade entre Auto Union e Mercedes-Benz. Morreu na frente de batalha russa, em 1942.


Carlo Maria Pintacuda
Vindo da Escola Florentina, Pintacuda nunca foi um piloto fenomenal na Europa, mas pelo menos deixou sua marca com duas vitórias em Mille Miglia e uma nas 24 Horas de Spa. Foi mais reconhecido na América do Sul, onde participava de corridas em São Paulo, na Gávea e em Buenos Aires, onde morreu aos 70 anos.


Manfred von Brauchitsch
O primeiro grande azarão que se tem registro é von Brauchitsch. Foi vice-campeão duas vezes, e é mais famoso pelo estouro de pneu no GP da Alemanha de 1935 e pelas chamas que se alastraram pelo seu corpo em Nürburgring, no ano de 1939. Mesmo assim, Manfred mantinha a confiança, vencendo provas oficiais e não oficiais, entre elas o GP de Mônaco. Morreu em 2003, aos 97 anos de idade.


Hermann Lang
Outra história de vida curiosa é de Hermann Lang, que era apaixonado por motos desde a infância. Começou como mecânico, mas seu sucesso como piloto amador chamou a atenção da Mercedes-Benz, que o contratou... para ser mecânico. De repente surgiu a ideia de coloca-lo num carro de corrida. Inicialmente parecia um absurdo, mas o que Lang conseguiu era considerado possível apenas para Rosemeyer e Nuvolari: Superar Rudi Caracciola. Hermann foi campeão. seguindo as novas regras, em 1939, e ainda foi o piloto que trouxe de volta ás conquistas das Flechas de Prata nos anos 50.


Hans Stuck
Stuck sempre fez parte do projeto da Auto Union, e por isso nunca deu muito certo quando a equipe se desfez por causa da II Guerra. Mesmo assim, sua marca já havia sido deixada: Um vice e um terceiro lugar, além de 1 vitória no calendário oficial...


Bernd Rosemeyer
Se apenas talento fosse o suficiente para vencer, Rosemeyer seria invicto. O piloto de Lingen também fazia parte do projeto da Auto Union, sendo o número um da equipe. Depois de ser campeão em 1936, ele buscava voltar ao topo com o novo carro de sua equipe, que por sua vez não correspondia tão bem. Em 1938, enquanto tentava recuperar o recorde de velocidade batido por Caracciola no mesmo dia, Bernd, misteriosamente, perdeu o controle de seu carro, que capotou várias vezes, jogando o corpo dele á metros de distância: Morte instantânea.


Paul Pietsch
Todo país precisa ter seu pioneiro na Fórmula 1. E o pioneiro alemão na categoria foi Paul Pietsch, que já havia corrido no CEA. Naquela época, sem ter chances, Paul sofreu com entradas privadas em carros defasados, mas, mesmo assim, conseguia belos resultados, á ponto de eu meu perguntar: Por quê ele nunca teve uma chance?


Robert Benoist
Quando a França ainda tinha nome no automobilismo, Benoist era o principal piloto, vencendo várias provas da Formula Libre, durante o fim da década de 20. Com o renascimento italiano e alemão, Robert foi pro fundo do pelotão, onde ficou até morrer em 1944, num campo de concentração nazista.


Rudolf Caracciola
O maior vencedor da Era das Flechas de Prata foi Rudi Caracciola, o primeiro grande Raimaster. Rudolf era fantástico, e depois de sofrer um forte acidente pela Alfa decidiu que jamais largaria a Mercedes-Benz (apenas se a marca alemã não o quisesse mais). Resultado disso? Um tricampeonato e o apelido de Schumacher dos anos 30... ou Schummy seria o Caracciola do novo milênio?


Luigi Fagioli
Sua época de CEA não foi aquelas coisas, da mesma forma de sua passagem pela Fórmula 1. Mesmo assim, o italiano movimentou o mercado de pilotos, conseguindo a proeza de correr na Mercedes-Benz e na Auto Union em anos seguidos.


Ferdinando Minoia
Caso estivesse vivo, Minoia teria 100 anos para ver Bellof e Senna darem show em Monte Carlo. Mas voltando para o que interessa, Ferdinando nunca foi um piloto fantástico no Campeonato Europeu, afinal, já tinha mais de 40 anos. Mas, mesmo assim, conquistou o título do primeiro Campeonato realizado, em 1931.


Giuseppe Campari
O melhor italiano de sua época. Campari era o favorito ao título de 1931, mas, numa controvérsia, perdeu o título para Minoia. Mesmo assim, ele ainda era o favoritíssimo para o ano seguinte, quando ele não durou nem duas provas. Mesmo assim, continuava a correr, mas sem tanto alarde como antes. No GP de Monza de 1933, Giuseppe perdeu o controle de seu carro, bateu e veio á falecer imediatamente.

Baconin, Enzo e Tazio

Baconin Borzacchini
Talvez o único italiano que podia para Tazio Nuvolari. Borzacchini era outro que prometia muito para sua próspera carreira, que já havia começado com o pé direito, terminando em 3º na temporada de 1931 e em 2º no ano de 1932. No GP de Monza de 1933, quando viu o acidente falta de Campari, Baconin tentou desviar, mas sem sucesso, levantando voo para a morte...


Achille Varzi
Varzi era outro promissor jovem italiano. Parecia que sua chance havia chegado quando foi para a Auto Union, mas lá acabou sendo conhecido como o azarado de Chemnitz. Mesmo assim, Achille tem uma coleção de vitórias memoráveis, vindas desde a época da Formula Libre. Sua última conquista foi em Turin, em 1946, dois anos antes de sua morte.


Louis Chiron
O melhor piloto monegasco que o Mundo já viu teve suas chances no Campeonato Europeu, mas nunca aproveitara. Mesmo assim, ele botava medo em vários competidores, que temiam alguma surpresa de Chiron, que já conseguiu vencer as Flechas de Prata quando parecia impossível. Competiu na Fórmula 1 durante algumas temporadas, se tornando o piloto mais velho á participar de um GP. Morreu em 1979.


Tazio Nuvolari
O melhor de todos os pilotos que já passaram pelo esporte á motor foi Tazio Nuvolari, que, com seus feitos, fazia muitos imaginarem que ele tinha um pacto com ****. Sendo verdade ou não, pelo que sabemos Nivola era um piloto fantástico, que mesmo sem ser muito vitorioso, botava medo em qualquer outro piloto. Seu maior feito foi calar o Terceiro Reich em 1935...


Jean-Pierre Wimille
Dito como o provável primeiro campeão da história da F-1, Wimille havia passado sem sucesso pelo Campeonato Europeu, graças ás suas negações de pedidos da Mercedes-Benz e da Auto Union. Foi preso por espionagem na II Guerra, mas escapou vivo, voltando para dominar o automobilismo até sua misteriosa morte, em 1949, na Argentina.


William Grover-Williams
Sua carreira no meio da década de 30 é pouco conhecida. Não se sabe muito o que ele fez da vida na primeira época de ouro do automobilismo. Mesmo assim, o francês havia feito história, após vencer o primeiro GP de Mônaco, realizado em 1929. Foi executado pelo exército nazi em 1945...


Per-Victor Widengren
O sueco Victor vinha de uma família rica, e por isso não teve muita dificuldade para se tornar piloto. Participou de várias corridas no gelo no início da década de 30, atingindo seu melhor momento em 1935, quando venceu 3 das 4 corridas do gelo na qual participou.


Eugen Bjørnstad
O norueguês é famoso pelo seu estilo agressivo e sua carreira mais vitoriosa do que a de Widengren. Eugen venceu várias corridas entre as temporadas de 1936 e 1937, sendo considerado um dos melhores pilotos que pouco participaram dos Grand Prix.


Karl Ebb
Ebb, como Widengren, era um homem de negócios, que se deu muito bem nos esportes. Ele foi o primeiro finlandês á correr internacionalmente, chegando a vencer uma corrida que tinha Rudolf Caracciola! Karl também competia no atletismo, no ciclismo, na natação e no ski...

Este foi o post de hoje, espero que tenham gostado de saber um pouco mais sobre os grandes nomes do Campeonato Europeu...

Imagens sofridamentes arrancadas do Google Imagens