segunda-feira, 26 de outubro de 2015

VÍDEO: Felipe Nasr no Banco do Brasil


A Sauber, em parceria com o Banco do Brasil, fez um vídeo colocando Felipe Nasr no lugar dos atendentes de um dos maiores bancos de nosso país. As inúmeras reações são hilárias, mostrando o ponto de vista de algum dos brasileiros sobre o atual momento da Fórmula 1. O vídeo começa um pouco tenso, com a mulher dizendo que não assiste a categoria, mas termina de forma muita engraçada com ela elogiando a aparência do nosso menino de ouro na F-1.


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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

20 Anos - Schumacher Bicampeão


Aida, Japão. A Fórmula 1 chega a sua ante-penúltima etapa da temporada de 1995. Etapa que é importantíssima na disputa pelo título, que já pode ficar com Michael Schumacher pela segunda vez seguida. Dessa vez sem polêmica, o alemão teve um ano fantástico, calando os críticos que ainda não acreditavam no seu potencial que foi claramente mostrado quando superava as poderosas Williams de Hill e Coulthard.


Precisando de pouco para ser bicampeão, Schumacher não foi espetacular nos treinos em Aida, onde conseguiu um importante terceiro lugar no grid, logo atrás de David Coulthard e Damon Hill que formavam a primeira fila. Ao lado do alemão estava Jean Alesi, enquanto Gerhard Berger e Eddie Irvine compunham mais uma fila. Fechando o top ten estavam Johnny Herbert, Heinz-Harald Frentzen, Olivier Panis e Mark Blundell. Substituindo Mika Häkkinen, que havia operado o apêndice, estava Jan Magnussen.


No domingo, o sol prometia ficar durante toda a corrida (promessa que se concretizaria). Alesi pulou de quarto para segundo, enquanto Coulthard mantinha a ponta e Schumacher caia para a péssima quinta colocação. De qualquer forma, o alemão ainda se tornava bicampeão, mas, como ainda devia mostrar que era bom o suficiente para mostrar essa alcunha, Schummy quis destroçar a concorrência.

Na 5º volta, o campeão passa por Gerhard Berger e assume a quarta colocação, indo ao ataque de Damon Hill. No 18º giro, a Williams, a Ferrari e até a Benetton se preparam para a parada de seus pilotos. Schumacher tem um grande pit stop, efetuado rapidamente, o que o manteve na 4º colocação, enquanto Alesi demorou mais um pouco e Hill viu a equipe do "Tio Frank" fazer um desastre nos boxes...


Aos poucos, as posições se corrigiam, e Schumacher se tornava o segundo colocado graças ás péssimas paradas de Williams e Ferrari. Numa corrida sem muita movimentação, o único grande momento no meio dela foi quando Hill finalmente conseguiu passar por Alesi e deixar Berger para atrás.

Na 50º volta, Michael Schumacher toma ponta ao passar por David Coulthard. E assim acabaria a prova, que ainda tinha mais 33 voltas que foram pouco disputadas. Ao fim de 83 giros, Schumacher se tornou o mais jovem bicampeão da história da Fórmula 1, conquistando uma bela vitória na última prova da categoria ocorrida em Aida. Coulthard e Hill fecharam o pódio, enquanto Berger era quarto, Alesi o quinto, e Herbert sexto.


E com isso acabara a principal disputa da temporada de 1995, com Michael Schumacher sendo campeão mais uma vez (agora de maneira limpa), Hill sendo segundo novamente, as Ferraris estando no terceiro pelotão, Sauber e Jordan disputando para serem a quarta força, Aida despedindo-se da categoria sem nenhum brilho e Taki Inoue terminando sua carreira na F-1.

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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

1985 á 2015: Comparando os Desempenhos


Hoje, dia 21 de outubro de 2015, Marty McFly chega do passado com seu belíssimo DeLorean. Para comemorar essa data tão especial para os fãs de De Volta Para o Futuro, decidi fazer um post mostrando com quais equipes o protagonista de Michael J. Fox poderia comparar ao ano de sua ida: 1985. É claro que muita coisa mudou, pilotos, carros, ídolos, recordes, pneus, regras, circuitos, mas uma coisa jamais vai mudar: Nossa paixão pela Fórmula 1, independentemente do que ela sofra.

O post foi inspirado neste do Motorsport Brasil, que apesar de ótimo, poderia ter explorado mais alguns aspectos, que eu, exploro aqui. Vocês vão ver uma provável comparação que McFly poderia fazer em relação ao desempenhos dos carros da temporada de 1985 e 2015 da Fórmula 1:


Marlboro McLaren International - Mercedes AMG Petronas F1 Team
A McLaren facilmente poderia ser comparada á Mercedes, que, como a equipe britânica, raramente perde, e quando isso acontece é porque algo está errado com o carro, pois os pilotos são de alta qualidade. Em relação á beleza, prefiro a Flecha de Prata, mas em relação aos pilotos... prefiro Niki Lauda e Alain Prost do que Lewis Hamilton e Nico Rosberg.


Scuderia Ferrari SpA SEFAC - Scuderia Ferrari
A Ferrari, por sua vez, pode ser comparada a si mesma. É a segunda força do campeonato, da mesma forma que eles foram em 1985 (bem, certo que os carros de Maranello decaíram muito na segunda metade da temporada, mas pelo menos se mantiveram na frente da Williams). O carro de atualmente também a mais bonito, e diferentemente da última comparação, manteria ambos os pilotos da atualidade.


Canon Williams Honda Team - Williams Martini Racing
O chassis de 1985 da Williams era muito melhor, comparado, é claro, aos dos adversários da época, do que o atual, que mesmo com poderoso motor Mercedes equipado, não consegue superar a Ferrari. Bem que Frank Williams gostaria de voltar á 1985, quando ainda tinha total movimentação e uma dupla fantástica, que "dá de 10" em cima da atual, para mim. Em relação aos carros, prefiro o FW10...


Motor Racing Devemlopments - Infiniti Red Bull Racing
Alguém ainda lembrava da Brabham? A equipe do "Tio Jack" sofreu na temporada de 1985, os diversos problemas enfrentados pelo time acabaram tirando deles ótimos resultados, incluindo pontos e pódios importantíssimos. Para variar, Piquet fez bonito ao lado da sorte em Paul Ricard, quando o sol ajudou os pneus Pirelli (quem diria).


Barclay Arrows BMW - Sahara Force India F1 Team
A Force India tem carro, tem pilotos, tem motor, mas algo não consegue leva-los para frente, mesmo algo que, para mim, não conseguia trazer tão bons resultados para a Arrows na temporada de 1985, quando Thierry Boutsen e Gerhard Berger dividiram a equipe. Da mesma forma que vai sendo em 2015, o piloto que tinha mais esperanças não vinha tendo uma ótima temporada, enquanto o menos acreditado já arrancou resultados melhores.


Équipe Renault Elf - Lotus F1 Team
Lotus e Renault, foi difícil perceber algo igualdade nessas duas equipes. A equipe de Enstone tão uma grande semelhante com aquela que poderá voltar a ser em 2016: Ser bons em certos circuitos, e ser ruim em outros. Mesmo assim, Patrick Tambay e Derek Warwick quase sempre frequentariam os lugares pontuáveis caso o sistema de pontuação fosse o atual, da mesma forma de Romain Grosjean, que tem os mesmos resultados na casa do 7º, 8º, 9º e 10º lugar.


Tyrrell Racing Organisation - Scuderia Toro Rosso
Ambos tem/tinham como o principal problema o motor, a Tyrrell passando a maior parte de 1985 com um fraco Ford aspirado, e a Toro Rosso passando toda a temporada de 2015 com o motor Renault que tinha grandes problemas de confiabilidade no começo do ano. Da mesma forma da equipe do "Tio Ken", a STR tem uma talentosa dupla de pilotos, que, tomara, não tenham o mesmo destino de Bellof e Brundle.


Équipe Ligier - Sauber F1 Team
Ficou ainda mais difícil achar alguma equipe para comparar com a Sauber. Faltando apenas algumas nanicas escuderias, tive que escolher uma que teve resultados até que confortáveis em 1985: a Ligier. A equipe do "Tio Guy" quase sempre estava lá na disputa para entrar nos dez primeiros, que aos poucos ia se transformando em seis primeiros, e com sorte, até os três primeiros...


Benetton Team Alfa Romeo - McLaren Honda
Quem mais sente saudade dessa época é a McLaren... tendo um chassis consideravelmente bom, e um lixo de motor, a Alfa Romeo facilmente se encaixa com a campeão daquela temporada. A equipe italiana, em sua segunda e última aventura na Fórmula 1, pagou mico com seus motores, morrendo ao fim da temporada de 1985 (tomara que a McLaren não tenha o mesmo final). De qualquer forma, Patrese e Cheever devem saber o que Alonso e Button estão sofrendo.


Minardi Team SpA - Manor Marussia F1 Team
Com quem devíamos comparar a Manor? Com quem?? É claro que a Minardi, que da mesma forma da equipe britânica, estreava. Quando conseguiu "terminar" uma corrida, a equipe de Giancarlo Minardi conseguia se aproximar do top ten, que ainda é namorado pela Manor que viu, no ano passado, Jules Bianchi conquistar um brilhante 9º lugar com o mesmo carro que eles usam nessa temporada. A maior diferença é que a Minardi sofria com o Motori Moderni...

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terça-feira, 13 de outubro de 2015

VÍDEO: Momentos Mágicos das Flechas de Prata da Mercedes-Benz


A motivo de não ter post desde a semana passada? Simples, estou escrevendo um gigantesco sobre Andrea de Cesaris o que está tomando boa parte do meu tempo nesse começo de semana e continuará tomando durante todo o resto. Para quebrar um pouco do gelo, deixo a vocês este fantástico filme produzido pela própria Mercedes-Benz, contando sobre a época das Flechas de Prata de modo muito realístico á ponto de nos espantarmos.


Se você entende de inglês, merece e muito vê-lo. Mas caso você entenda pouco, como eu, assista do mesmo jeito, pois esse filme é incrível e merece ser salvo na cabeça de cada pessoa que curte o automobilismo.

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

15 Anos - Schumacher Quebra Jejum da Ferrari


Dia 8 de outubro de 2000, Suzuka, Japão. A decisão do Campeonato Mundial de Fórmula 1 esquenta após o GP dos EUA, onde Mika Häkkinen tem problemas e possibilita que Schumacher o derrote no Japão, faltando uma corrida para a temporada acabar. A Ferrari novamente estava de volta á briga pelo título, e de novo com o alemão que já havia perdido em 1998 e quebrado as pernas em 1999.

Os tifosi ficavam agonizados ainda mais a cada ano que entrava para a história como a continuação do maior jejum ferrarista da história. A equipe não vencia desde Jody Scheckter em 1979, quando os carros vermelhos conseguiram ter um carro confiável o bastante para bater a Williams de Alan Jones. No ano seguinte, a equipe vai para o fundo do pelotão, fazendo que sua campanha seja uma das piores de um detentor de título.


No ano seguinte, o carro volta a andar no pelotão médio, conseguindo belos resultados quando o carro possibilitava como as vitórias de Villeneuve em Jarama e Mônaco. Em 1982, a Ferrari faz o melhor carro da temporada, o que possibilitaria uma fantástica disputa entre seus pilotos, mas, como eu disse, possibilitaria, pois Maranello perdeu ambos por causa de sua própria audácia em fazer um carro com pouco segurança e muita velocidade.

René Arnoux fez uma recuperação estupenda em 1983, chegando á última prova com chances de título, que não veio. Depois de outra péssima temporada, o ano de 1985 parecia que finalmente levaria um italiano ao título, mas o carro novamente mostrou seus defeitos na parte mais crítica do campeonato. Em 1988, depois de dois anos difíceis, a Ferrari voltou a ser uma potência do pelotão da frente, disputando para ser a segunda força com a Benetton.


Quando eles revolucionaram em 1989, com Nigel Mansell e Gerhad Berger sendo seus pilotos, muito se esperava de um título, mas os problemas do novo câmbio semi-automático acabaram tacando a chance no lixo. Na temporada de 1990, Prost não tinha como combater Senna, da mesma forma em 1991. Depois de sofrer por vários outros anos, o cavalinho italiano contratou Michael Schumacher para tentar voltar ao topo do esporte.

Em 1997, o alemão tacou o carro em cima de Villeneuve e o título na lata. No ano seguinte, contra Mika Häkkinen, Schummy fez milagre para chegar na última prova com chances de título, que não veio, obviamente. Quando tudo parecia que ia dar certo, com o carro andando bem e sendo confiável, o alemão acabou quebrando as pernas em Silverstone, enquanto Eddie Irvine não conseguira combater o finlandês da McLaren...


Com uma nova dupla para 2000, a Ferrari finalmente sentia que aquele podia ser o ano da quebra do jejum. Schumacher, o líder da equipe, começou com o pé direito, vencendo 4 das 6 provas iniciais enquanto Mika Häkkinen sofria com os problemas de seu novo McLaren. Quando o meio do campeonato se aproximou a situação se inverteu, com o finlandês se sobressaindo em relação ao alemão.

Após o GP da Itália, Mika ainda tinha o campeonato nas mãos, sendo líder com dois pontos de vantagem para Schumacher. A próxima corrida foi nos EUA, na volta de Indianapolis ao circo da Fórmula 1 agora com seu traçado misto, que ainda beneficiava os carros da McLaren. Häkkinen controlava-se bem na segunda colocação, tentando se aproximar de Michael, mas seu motor Mercedes o traiu deixando-o na mão.


O finlandês ficara oito pontos atrás do alemão, que podia se tornar campeão já em Suzuka caso vencesse a prova. Nos treinos, Schumacher se sai melhor e crava a pole, enquanto Mika Häkkinen, David Coulthard e Rubens Barrichello completam a primeira e a segunda fila. Em 5º, Jenson Button surpreendeu a todos ao superar Ralf Schumacher, o 6º. Completando o top ten estavam Eddie Irvine, Heinz-Harald Frentzen, Jacques Villeneuve e Johnny Herbert.

No dia da corrida o tempo escurece, causando temor nas equipes por causa de uma provável chuva. Mika Häkkinen começou bem a corrida, pulando para a ponta que ainda mantinha suas chances de um tricampeonato que só havia sido atingindo por Juan Manuel Fangio. Depois de péssimas largadas, Barrichello e Button foram recuperando posições até chegaram á suas de origem.


Numa prova mais disputada no meio do pelotão, Michael Schumacher conseguiu arrancar a liderança de Mika Häkkinen na volta 37, o que dava o tri para o alemão. O finlandês acabou não tendo mais fôlego para caçar o ferrarista, e ao fim de 53 voltas, Schummy quebrou o jejum de Maranello que durava 21 anos. A comemoração dos italianos talvez era a mais alvoraçada desde os anos 70, talvez por saber que não teria de esperar Tomas Scheckter estrear na Fórmula 1 como dizia a susposta maldição.


Na última corrida do ano, em Sepang, Schumacher venceu de novo para assegurar completamente o primeiro lugar e concretizar o início de uma era: A Era Schumacher.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

35 Anos - Sem Alarde, Emmo Se Aposenta da Fórmula 1


Dia 5 de outubro de 1980, The Glen, Estados Unidos. A categoria mais famosa do mundo chega para sua última etapa com o campeonato já decidido, mesmo de maneira polêmica e controversa após Alan Jones jogar seu Williams em cima do Brabham de Nelson Piquet, o novo ídolo dos torcedores brasileiros que estavam na espera de um novo grande piloto desde que Emerson Fittipaldi foi para a Copersucar.

Esse mesmo Emerson Fittipaldi estava lá, no Glen, para participar de mais um GP do Leste dos EUA. Mas essa corrida seria mais especial do que ele, a equipe, os pilotos, os fãs e a mídia imaginava: Era a última prova do primeiro campeão da Fórmula 1 brasileiro. Depois dos treinos, Bruno Giacomelli fez milagre com seu Alfa Romeo, conquistando a pole em cima de Nelson Piquet e Carlos Reutemann.


Outra surpresa era Elio de Angelis em 4º, com o campeão do mundo partindo da 5º posição. Fechando o top ten estavam René Arnoux, Didier Pironi, Héctor Rebaque, John Watson e o MITO Andrea de Cesaris, que nem sequer imaginava que morreria nesse mesmo dia só que 34 anos mais tarde. Fittipaldi conseguiu uma 19º colocação dos 25 carros, largando na frente de pilotos da Tyrrell e de Jody Scheckter.

Na partida, Alan Jones arrisca em cima de Piquet, que não alivia, deixando o australiano sair para fora da pista logo na primeira curva, caindo para o 12º posto. Fittipaldi conseguia melhorar algumas posições graças a sua manobra em cima de Keke Rosberg e os problemas de outros pilotos. Piquet pressionava Giacomelli, mas, por sua vez, era atacado por Carlos Reutemann enquanto tinha problemas.


Tentando fugir do argentino, Piquet perde o ponto de freada e roda, abandonando a prova na volta seguinte. Giacomelli caminhava para a vitória enquanto Alan Jones ia escalando o pelotão, se aproximando do italiano da Alfa. Quando o novo campeão do mundo estava em segundo, Bruno acabou abandonando por problemas na ignição...

Jones assumiu a ponta para não largar mais, com o pódio do GP anterior sendo repetido: Alan, Carlos e Didier. Tá, mas e Emerson? O brasileiro mal passou das 15 voltas, abandonando por causa de problemas na sua suspensão. No dia seguinte, nenhuma grande das comunicações falava sobre o bicampeão, que passou a ser excluído depois de se aventurar em seu próprio sonho e Nelson Piquet aparecer.


Jody Scheckter, mesmo tendo a pior temporada de um campeão na história, foi aclamado em Watkins Glen, já que anunciou que abandonaria a categoria ao fim da temporada, diferentemente de Emerson Fittipaldi, que decidiu anunciar apenas em 1981, quando a Fórmula 1 ainda estava preparando para voltar ás pistas em Jacarepaguá.

Assim, Emerson deixou a Fórmula 1, sem sequer ser notado pela imprensa brasileira, mostrando também a importância que a mídia passou a dar á pilotos que já tinham passado de seus tempos. Emerson tinha apenas 34 anos quando anunciou a aposentadoria definitiva da categoria, que ainda tentou traze-lo de volta com a Spirit, mas não conseguiu...


Curiosamente, nenhum brasileiro conseguiu se aposentar definitivamente após um anuncio feito ANTES da corrida. Exemplos como o de Piquet e de Barrichello são comuns, mas podemos citar vários outros que, como Rubinho, ficaram sem emprego mesmo sendo talentosos, como Enrique Bernoldi.

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Coluna Semanal 27# - O Fim-de-Semana do Dia 5 de Outubro de 2014


Como muitos de vocês sabem, tenho 14 anos, e há exato "um inverno" eu estava ainda com meus 13. O dia? O mesmo de hoje, 5 de outubro, só que de 2014. Dia de corrida, o histórico Grande Prêmio do Japão iria começar, mais uma vez em Suzuka. Naquele fim-de-semana, Max Verstappen havia entrado para a história depois de participar do primeiro Treino Livre, se tornando o piloto mais jovem a participar de um fim-de-semana de GP, aos meros 17 anos e 3 dias.

A previsão de que o tufão Phanfone ainda não havia se concretizado durante todo o fim-de-semana, inclusive no sábado, onde as Flechas de Prata superaram as Williams que tinham boas esperanças para a rápida prova japonesa. Fernando Alonso conseguiu um ótimo quinto lugar, sendo seguido por Daniel Ricciardo, Kevin Magnussen, Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen. O mais importante personagem desse fim-de-semana largava em 20º...


Eu estava lá, acordado com a TV da sala ligada e assistindo com meu pai. O blog, estava parado há dias e dias, sem nenhum ânimo eu quase o abandonei, especialmente de alguns problemas que envolveram minha internet, que ficou off durante uma semana em meia, inclusive no fim-de-semana no GP japonês...

A chuva me lembrava muito aquela que caia há 20 anos na mesma Suzuka, que, segundo Taki Inoue, se assemelhava com pedras. Depois de duas voltas atrás do Safety Car, e com Marcus Ericsson conseguindo rodar, a direção de prova decidiu interromper a prova por causa do tufão que finalmente chegara. Minutos depois, a corrida foi reiniciada, mas ainda com o carro de segurança na pista.


Na 10º volta, finalmente os 22 carros estão cortando a reta dos boxes de Suzuka. Lá atrás, depois de parar, Jenson Button vinha tendo ótimo desempenho com os pneus intermediários, o que forçou todo o resto ir aos boxes para fazer a troca. Jules Bianchi vinha ganhando posição por posição, até aparecer no fantástico terceiro posto, que não foi assegurado até o fim da volta, já que Button faria a ultrapassagem. Depois de parar, o francês voltou para o fim do pelotão...

Ambas as Williams penaram, e já eram superadas por Jenson Button, Daniel Ricciardo e Sebastian Vettel. A disputa no meio do pelotão era intensa, com subidas e descidas bruscas ocasionadas por erros e paradas. Antes de ir pros boxes pela segunda vez, Jules ainda esteve na 12º colocação. No fim da 28º volta, Lewis Hamilton efetua a manobra que decide o futuro da corrida após passar por Nico Rosberg.


Após o termino da volta 40, a classificação era: Hamilton, Rosberg, Vettel, Button, Ricciardo, Hülkenberg, Bottas, Massa, Pérez, Vergne, Maldonado, Räikkönen, Kvyat, Magnussen, Gutierrez, Grosjean, Bianchi, Sutil, Ericsson, Chilton e Kobayashi. A chuva aumenta bruscamente, com os pilotos tendo sérias dificuldades de guiar seus carros.

Na 42º volta, as bandeiras amarelas são balançadas: Adrian Sutil havia rodado e batido com sua Sauber na bairreira de pneus. Um pequeno trator vai á pista retirar o carro do alemão num procedimento que era para ser normal... ERA.... Com a chuva cada vez mais forte, muitos pilotos vão para os boxes, mudando drasticamente as primeiras colocação (exceto Hamilton e Rosberg).


Uma volta depois, vejo a sigla "BIA" perder posições na pequena barra que fica na parte de baixo da tela. Penso: "Que pena, Jules rodou". Lembro que cheguei a falar isso para o meu pai na hora, mas nem sequer imaginava que o pior tinha acontecido. Eu tentava caçar o francês pela pista quando eles mudavam de câmeras, mas eu não achava nenhum sinal.

O Safety Car entra na pista, e junto dele o Medical Car, muito provavelmente para atender Adrian Sutil. Mas todos se perguntavam: Por quê o alemão necessitaria de atendimento já que saiu andando do carro? Logo, todos descobrem que a Marussia de Jules Bianchi havia sumido da pista, então onde ele estava? Inconsciente, o francês não responde aos rádios de sua equipe, mostrando que a situação era grave.


Todos passam a saber o que poderia ter acontecido: Jules bateu no trator. Quando a ambulância chega, a corrida é paralisada, um sinal que a situação do jovem francês não era nada boa. Depois de saber que Bianchi havia passado por baixo do trator e havia destruído seu santântonio, Charlie Whiting encerra a prova, que tinha Hamilton em primeiro, Rosberg em segundo e Ricciardo em terceiro, mas, como a volta 44º foi a última a ser completada por todos, ela passou a ditar os resultados, que colocaram Vettel no pódio e Hülkenberg de volta aos pontos.

Eu estava sentado no sofá, quieto, vendo todos os pilotos sendo informados sobre o terrível que havia acontecido. No pódio, Hamilton tenta dar um sorriso mais amarelado, mas mal conseguia. A Globo, por sua vez transmitiu até a entrevista do pódio, que na ocasião foi feita por Nigel Mansell, tudo por causa da busca de notícias sobre o estado de Jules, que já havia sido levado ao hospital.


Foi difícil dormir, mas consegui dar uma cochilada para acordar na manhã de eleições em busca de informações que sem dúvida seriam dadas no Esporte Espetacular. Foi naquela manhã que soube da lesão cerebral que Bianchi havia sofrido. O francês também havia passado por uma operação na cabeça, que foi bem-sucedida. Eu nunca havia sentido tanta tristeza assistindo a Fórmula 1...

Como eu disse, estava sem internet, o que dificultava E MUITO. Eu simplesmente esperava pelo amanhã, para saber sobre novas notícias. Na segunda-feira, fui para escola cabisbaixo, sem nenhum animo, sabendo que poderia ter visto o meu primeiro acidente fatal na Fórmula 1. No almoço, meu pai chega do trabalho e conta sobre o vídeo que havia sido divulgado do acidente, vídeo que é transmitido pelo Globo Esporte...


Depois de ver o vídeo fico ainda mais preocupado. A Marussia literalmente havia entrado embaixo do trator como se fosse um foguete, com Jules batendo a cabeça no pesado veículo. Como eu tinha um trabalho escolar para fazer na casa de um amigo, aproveitei para pedir á ele se podia ver o vídeo do acidente mais uma vez.

Vejo várias e várias vezes, tendo descobrir o que causou aquele terrível impacto que nove meses depois mataria um de meus 5 pilotos preferidos da atualidade. Depois que desisto de ver aquele vídeo, rolo a página um pouco mais para baixo, e rapidamente leio a manchete que noticiava: "Morreu Andrea de Cesaris".

Como eu deveria fazer o trabalho, nem cliquei, mas, sinceramente, aquilo foi mais um baque naquele fim-de-semana do dia 5 de outubro. Quando minha internet voltou, li melhor sobre os ocorridos, e talvez, pela primeira vez em meus vários anos na qual acompanho a Fórmula 1, senti a vontade de chorar...


É claro que esse fim-de-semana não deve ser comparado ao de Ímola, porém, para mim, ele foi o pior na qual vivi acompanhando a Fórmula 1, e espero nunca mais sofrer da mesma forma que sofri naquela época... A morte do MITO era ainda mais difícil de acreditar, ainda mais acompanhada do acidente de Jules e da lenta recuperação de Michael Schumacher.

Mais tarde, escrevo sobre Andrea... Mas antes, vou falar o que voltei a sentir na noite da morte de Jules... eu estava prestes a dormir quando meu primo, que dificilmente acompanha a Fórmula 1, me chamou por uma rede social e disse que Jules Bianchi havia morrido. Eu respondi que não, mas logo depois ele disse que havia passado no jornal... Isso me fez correr para a internet, onde vejo a confirmação, que na hora já me arrepia e acelera meus batimentos cardíacos.


Parece meio estranho, mas nunca senti vontade de chorar tanto por causa da morte de alguém, especialmente sem sequer conhecer a pessoa. Eu, sendo religioso, orei pela família e pelos amigos, sabendo que o sofrimento havia chegado perto do final....

Infelizmente, nas duas veze na qual meu computador ou minha internet teve problemas, fui recebido com péssimas notícias. Primeiro, a morte de Jack Brabham, e depois, a morte de Andrea de Cesaris... É a vida, ela segue, não podemos esquecer quem eles foram, mas temos que pensar no futuro, para que o que aconteceu não volte a se repetir...

Adeus, Andrea

Adeus, Jules

Ciao Jules - Ciao Andrea
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VÍDEO: Onboard No Novo Hermanos Rodríguez, Com Emerson Fittipaldi


No dia na qual se comemorava 45 anos de sua primeira vitória, Emerson Fittipaldi preferiu estar em Hermanos Rodríguez do que em qualquer outro lugar do mundo para comemorar. Lá, o brasileiro acompanhou a reinauguração que ocorreu ontem, com direito á presença de Sergio Pérez que pilotou o BRM P153 dirigido por Pedro Rodríguez também há 45 anos...

Infelizmente o vídeo está disponível apenas em 144p e 240p, e como disseram no comentário: "Eu acho que voltamos para 1990". A reinauguração também contou com Jo Ramírez e Héctor Rebaque.

Clique aqui, nas letras azuis.

Imagens tiradas de motorsport.com

domingo, 4 de outubro de 2015

45 Anos - A Primeira Vitória Brasileira


Dia 4 de outubro de 1970, Watkins Glen, Estados Unidos. A Fórmula 1 chegava em sua penúltima etapa com Jochen Rindt ainda liderando a tabela de pilotos, sendo seguido por Jacky Ickx que vem tendo uma recuperação estupenda a ponto de disputar o título faltando duas provas para o fim. Com 18 pontos em jogo, o belga tinha 17 atrás do austríaco, mas sendo o favorito a conquistar as duas últimas corridas do ano.

O primeiro passo era em Watkins Glen, onde a Lotus decide agir e colocar de volta seus pilotos no grid de largada. Depois de conversar de Chapman, Emerson Fittipaldi se tornou o primeiro piloto da equipe vermelha e dourada, ao lado de Reine Wisell, um talentoso sueco que estreava na categoria. Ou seja, Colin se arriscara em colocar dois jovens pilotos (Emerson com 3 corridas na bagagem, e Reine com nenhuma) em seus carros que já haviam tirado uma vida.


Fittipaldi acabou não sendo forçado a vencer a prova, muito pelo contrário, tinha o objetivo de simplesmente completa-la para acumular mais experiência. Para piorar, com a pressão de substituir o melhor piloto da época, o brasileiro acaba pegando uma gripe no dia dos treinos qualificatórios, que quase não tiveram Emmo por causa das estradas da pacata Watkins Glen que estavam lotadas, impossibilitando a passagem de Fittipaldi, que só ocorreu com escolta policial.


Embaixo de chuva, Jacky Ickx deu um show, marcando um tempo de 1:03.07, mais de meio segundo mais rápido do que Jackie Stewart. Por incrível que pareça, Emerson ainda havia conseguido um ótimo terceiro lugar, sendo seguido por Pedro Rodríguez, Chris Amon, Clay Regazzoni, Jackie Oliver, o incansável John Surtees, Reine Wisell e Graham Hill. Como a pista era um das mais curtas (senão a mais curta) da temporada, apenas 24 pilotos largariam, o que tacou fora Westbury, Lovely e de Adamich da corrida.

A prova também tinha uma recompensa mais avantajada, com uma bela e linda quantia de dinheiro em dólares (isso valeria ouro se fosse atualmente...) que motivava ainda mais os pilotos que não tinham nada a perder, como Pedro Rodríguez. Depois de tomar injeção no sábado, Emerson Fittipaldi estava melhor para a corrida, mas a pressão que ele sentia era a mesma.


No domingo, uma rápida chuva havia caído no circuito, o que embaralhou a escolha de pneus. Emmo escolheu197 sair de compostos slicks. Na largada, Stewart pula bem, tomando a ponta seguido por Rodríguez e Ickx. Regazzoni também teve uma ótima saída, mas Emerson Fittipaldi não, caindo para a 8º colocação. Jackie Oliver passa por John Surtees, e logo depois por Chris Amon numa prova fantástica com a pista ainda molhada por causa da chuva.


Depois do abandono de Oliver, e Ickx e Regazzoni passarem por Rodríguez, a pista começa a secar rapidamente, beneficiando Emerson que começa a se aproveitar. Ao fim da volta 36, o brasileiro se torna o 5º colocado após Regazzoni ir para os boxes. Reine Wisell segue o companheiro e é sexto. Outro que fazia boa prova era Derek Bell, que entraria na zona de pontuação após Jacky Ickx (sim, o belga que estava em segundo e precisava de uma vitória) ter problemas na bomba de combustível ser obrigado a parar.


O ferrarista volta na 12º colocação faltando cerca de 50 voltas para o fim da prova que tinha 108 giros por causa do pequeno traçado de Watkins Glen. Com isso a classificação era: Stewart, Rodríguez, Fittipaldi, Wisell, Bell e Amon. A alegria do escocês voador acabaria logo depois dos problemas de motor assolarem seu carro. Graças a isso, o brasileiro voltou a andar na mesma volta do líder, que desistiria na volta 82.

Ickx já era o sexto, correndo desesperadamente para tentar vencer a prova que basicamente o entregaria o título. Na 93º volta, o belga passa por Derek Bell e vai em busca de Chris Amons com o coração na boca, já que faltavam apenas 14 voltas. Lá na frente, Pedro Rodríguez vinha para vencer e ganhar um belo saco de dinheiro, mas seu BRM teve problemas de consumo, forçando-o fazer uma parada que o jogou para a 2º colocação na volta 100.


Faltando 8 voltas para o fim, o Brasil liderava um GP de Fórmula 1 pela primeira vez na história, com um piloto que estava apenas em sua quarta aparição. Desesperado, Ickx ainda passa por Amon, mas com mínimas chances de vencer a corrida com 4 voltas faltando. E lá estava, a bandeira axadrezada a balançar após a Lotus vermelha e dourada de Emerson Fittipaldi do Brasil cruzar a linha de chegada em primeiro!!

Rodríguez e Wisell completam o pódio, enquanto Ickx cruza em 4º com Amon e Bell conquistando os últimas lugares pontuáveis. Colin Chapman finalmente tinha dois motivos para comemorar: a primeira vitória de seu novo grande piloto; e o título de seu último grande piloto que havia sido assegurado.


Mesmo tendo participação indireta no título de Rindt, Fittipaldi sem dúvida será agradecido e parabenizado pelo ex-companheiro quando eles se encontrarem "na outra dimensão". Jacky Ickx venceria a última corrida da temporada, no México, mostrando que só perdeu sua única chance de título por causa do carro, que era péssima no início da temporada e não foi confiável quando ele mais precisou. O belga ainda correu várias temporadas na Fórmula 1, mas sem o mesmo destaque que conquistaria no WSC, onde é muito lembrado pelo bicampeonato  e pelo acidente que vitimou Bellof ...


De qualquer forma, lá se foram 45 anos da primeira das 101 vitórias brasileiras na Fórmula 1, que ajudou a categoria conhecer seu único campeão post-mortem graças á Emerson Fittipaldi, o campeão brasileiro menos lembrado pelos próprios brasileiros, que chamam Ayrton Senna de Ayrton Senna do Brasil, sendo que Emmo era chamado de Emerson Fittipaldi do Brasil muitos anos antes e pelos gringos.

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