sábado, 30 de janeiro de 2016

Caracciola vs Williams - A primeira disputa nas ruas de Mônaco


Se vivo, Rudolf Caracciola estaria fazendo 115 anos hoje, e por isso decidi contar um pouco de quando o alemão quase se tornou o primeiro vencedor nas ruas de Mônaco, onde, anos depois, conquistaria uma de seus mais incríveis vitórias.

A ideia de fazer uma corrida nas ruas de um principado ao sul da França veio de um produtor de cigarros, de nome Anthony Noghes, o mesmo que ajudaria a criar o famoso Rallye de Monte Carlo e colocar ACM no mapa do automobilismo. A ideia foi aceita pelo Prince Louis II, então, no dia 14 de abril de 1929, 16 pilotos estavam prontos para a largada do primeiro Grand Prix de Monaco.

De maneira estranha, sem condições para uma sessão de qualificação, as posições do grid foram decididas a partir dos números dos veículos que iriam competir, deixando um dos favoritos, Rudolf Caracciola, largando apenas na 15º e penúltima colocação, enquanto alguns grandes nomes à bordo de Bugattis, como Etancelin e Williams largariam entre os seis primeiros.

O circuito, alguns poucos metros menor do que o atual, levava os carros a fazerem tempos de dois minutos e quinze segundos altos, diferentemente da atualidade, quando o recorde é de Michael Schumacher com 1:14.439.

Carro 34 de Caracciola no fundo do pelotão: 10 ultrapassagens em uma volta...

Na largada, Marcel Lehoux pula na ponta, sendo seguido por Philippe Etancelin e William Grover-Williams. Rudolf Caracciola faz recuperação monstruosa com sua Mercedes SSK, efetuando uma das melhores primeiras voltas da história ao ultrapassar dez pilotos e já assumir a sexta colocação. Problemas com outros competidores iam beneficiando o alemão que, ao fim de dez giros, estava em segundo logo atrás de Williams.

Perseguindo o líder, Caracciola finalmente ultrapassa William Grover-Williams, que mesmo assim trabalha e retoma a liderança na volta 36, indo aos boxes na 49º, retornando sem problemas após uma parada de 1:30s. Tentando se segurar na pista com pneus desgastados, Rudi é obrigado a parar na volta 51. Para desespero do alemão, a parada é um desastre, com a equipe enfrentando problemas tentando levantar o carro, além de quebrarem o cabo do martelo para troca de pneus...

Williams (12) e Caracciola (34)

Depois de 4:30s, Caracciola estava de volta à pista e na quarta colocação, trinta segundos atrás do terceiro colocado e voltas atrasado em relação á William Grover-Williams. Agora Rudi tenta de todas as formas recuperar terreno perdido, mas o carro já não rende da forma desejável o que resulta em apenas uma posição ganha, a terceira, de Philippe de Rothschild.

Com Georges Bouriano minutos afrente, Rudolf Caracciola se conforma com a terceira colocação e vê William Grover-Williams se tornar o primeiro vencedor do Grand Prix de Monaco, que se tornaria uma das três principais provas do automobilismo. A conquista de Williams entra para história, mostrando que não é só um show de pilotagem que pode determinar uma vitória, mas sim um conjunto de fatores tais qual sorte e resistência.


Vinte pilotos foram convidados, dezesseis largaram e apenas seis terminaram, isto era um Grand Prix...

Rudolf não teria muito para se preocupar, já que anos depois conquistaria uma das vitória mais fantásticas da história do automobilismo nas mesmas ruas de Monte Carlo, porém sob forte chuva e um número maior de adversários no mesmo nível de equipamento, talento e competência.

Imagens tiradas do Google Imagens

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

130 anos do primeiro automóvel


É fácil saber que já existiam "automóveis" desde a década de 60 do século XIX, porém é difícil acreditar que nenhum deles era realmente um automóvel como o conhecemos hoje. Equipados com motores à vapor e a eletricidade, a ideia de colocar um movido à gás, mais precisamente gasolina, jamais havia sido pensada por um homem.

Até que, nas vésperas do Ano Novo de 1879, um velho alemão chamado Carl Benz criou um motor a gasolina estacionário com um cilindro de dois tempos. O sucesso do motor feito por Benz foi tão grande que ele pode prosseguir com seu sonho de criar um automóvel movido a gasolina, em que o chassis e o motor formavam uma só unidade.

(Clique nas fotos para amplia-las)

Depois de desenvolver, o veículo estava finalmente pronto em 1885, com motor de um único cilindro de quatro tempos em forma horizontal que gerava 0,55 kW e atingia uma incrível velocidade de 16 Km/h. E tudo isso com elementos ainda hoje presentes num motor à combustão, como o virabrequim, a ignição elétrica e a refrigeração à água.

Mas a data que entraria para a história seria 29 de janeiro de 1886, quando Carl Benz patenteou sua criação no German Imperial Patent Office, em Berlim, com o número "DRP 37435". A primeira aparição pública do automóvel seria apenas no dia 3 de julho, em Ringstrasse, Mannheim, já com o nome que o marcaria na história: Benz Patent-Motorwagen...


Em agosto de 1888, sua esposa, Bertha, e seus filhos, Eugen (15) e Richard (14), fizeram a primeira viagem de longa distância à bordo de um automóvel, numa versão melhorada do veículo sem o conhecimento de Carl. O percurso que ia e voltava entre Mannheim e Pforzheim, com fantásticos 180 Kms, demonstrou a praticidade de um veículo auto-motor.

A ousadia de Bertha Benz e seus filhos acabou elevando toda a moral da empresa de Carl, fazendo ela crescer rapidamente para se tornar a maior fábrica de automóveis do mundo. Com as ivencões pioneiras de Benz e Daimler, uma nova maneira de se locomover havia entrado em cena.


Logo as evoluções começaram a sair, como o primeiro carro com um volante semelhante aos modernos, o Benz Viktoria. Em 1894, o Benz Velo, com 1200 unidades produzidas, se tornou o primeiro carro de produção do mundo, sendo compacto, leve, confiável e barato.

Assim nascia o automóvel, há exatos 130 anos...


Imagens tiradas do Google Imagens e mercedes-benz.com

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A Fórmula 1 e a política


Desde os tempos de Jean-Marie Balestre a Fórmula 1 já se metia em confusões políticas causadas quase sempre pela busca desenfreada por dinheiro e pelo domínio da categoria. Lembremos da década de 70 quando a FISA e a FOCA entraram em choque para controlar o circo, com as montadoras de um lado e os garagistas de outro.

A Fórmula 1 não é um esporte somente para garagistas, e nem sequer só para montadores, é um esporte que une o que há de bom entre os dois para uma verdadeira batalha travada em diversos países do mundo. E por isso toda essa batalha entre ambas as federações chegou a um acordo de paz no início da década de 80, porém a categoria ainda tinha problemas a resolver.

Nos últimos dias contei sobre o GP da África do Sul de 1985, e toda a tensão criada em volta dela por causa do apartheid, que assolava o país desde 1948 e já havia sido motivo de banimento da África do Sul em eventos esportivos como as Olimpíadas, que acabou culminando numa grande polêmica que era: por que a Fórmula 1 ainda não havia saído de lá?

Depois de tanta pressão, Balestre finalmente acabou cedendo a um caso único na história. Mas há algo que difere o "caso Kyalami" de todos os outros que voltaram á tona: a injuria racial que estava presente no país. A política, caso não houvesse o apartheid, não seria um grande problema, quão menos a questão religiosa, como nos casos da atualidade, quando mulheres muçulmanas usam burcas para se vestirem de maneira adequada aos olhos de sua religião.


Quando as questões financeiras falam mais alto nada pode impedir grandes confederações e empresas de atingir seus objetivos, vide a Copa do Mundo que será realizada no Qatar em 2022 e as Olimpíadas de Pequim em 2008, que mostram que não é só a ganância de Bernie Ecclestone e Cia que está em locais sem democracia total.

Atualmente vemos um cenário considerado preocupante na Fórmula 1, com o calendário visitando oito países, sendo eles Cingapura, Malásia, México, China, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Azerbaijão, com regimes não democráticos ou parcialmente democráticos, enquanto, há quinze anos havia, apenas uma prova realizada sob regime não democrático.

Podemos lembrar também de quando a Fórmula 1 visitou a America do Sul em tempos árduos para Brasil e Argentina, que viviam em duros regimes militares que quase nunca colocaram as provas em risco. Então lhes pergunto, o que a Fórmula 1 tem haver com política? A não ser que se for dentro dela, nada... Esporte e política não se misturam, esta é minha ideia sobre os problemas que constantemente vemos quando a categoria está em lugares que não há democracia.

E na minha sincera opinião, a Fórmula 1 não precisa ficar se metendo nessas confusões políticas desnecessárias e menos ainda ser considerada algo que apoia um regime não democrático, isto é esporte, e ele ultrapassa as barreiras para atingir seu público. Lembram quando Pelé parou uma guerra? Pois bem, é o que esporte pode fazer. Não misturem ele com a política, isto apenas estraga as coisas.

E bem, é isto que o dinheiro pode fazer com os homens, e infelizmente continuará fazendo até o fim dos tempos. Dificilmente conseguiremos mudar isso...

Imagens tiradas do Google Imagens

GP Memorável 69# - Austrália 1985


Já se passaram décadas desde o primeiro GP da Austrália, e mesmo com o "boom" causado pela Tasman Series e pelo grande número de pilotos da Fórmula 1 correndo por lá em provas recentes, o país nunca havia sediado um grande prêmio oficial, válido para o campeonato da categoria, mas em 1985 a espera havia acabado, e o local escolhido era Adelaide, mais precisamente em suas largas ruas em comparação á Mônaco e Detroit.

Depois de boicotarem o GP da África do Sul, Ligier e Renault estavam de volta ao circo, o que levava Ivan Capelli de volta á Tyrrell e Philippe Streiff á Ligier. No grid, Niki Lauda, estaria fazendo sua última prova na Fórmula 1 após estrear no GP da Áustria de 1971, há "meros" 14 anos. Outras duas tristes despedidas que aconteciam naquele fim-de-semana eram as da Alfa Romeo e da Renault, com extremo destaque à saída dos franceses enquanto os italianos sumiram na sombra de sua terrível segunda passagem pela categoria, onde colecionaram fracassos.


Já na marca francesa, o clima triste e de pouca empolgação em uma equipe que havia introduzido o turbo na década de 70, sentia-se que havia um pouco de vexame ao não se tornarem campeões no período de 1977 até aquele dia. Mesmo assim, a Renault continuaria na categoria fornecendo motores para Lotus, Tyrrell e Ligier.

A Toleman também se despedia da Fórmula 1, só que, diferentemente das duas citadas, acabou sendo comprada por uma grande marca que faria nome: a Benetton. Com isso, Piercarlo Ghinzani teria ainda mais dificuldades de arranjar uma vaga pera 1986, com Teo Fabi já confirmado. Nas equipes grandes, Rosberg se juntava á McLaren depois da aposentadoria de Lauda e Piquet substituiria o finlandês na Williams.


Até agora, Ayrton Senna não tinha um companheiro confirmado na Lotus, enquanto na Brabham Bernie Ecclestone gostaria de ter Niki Lauda ao invés de Patrese, que retornava á equipe para correr ao lado de Elio de Angelis. Marc Surer ainda buscava uma vaga, com destino provável a Arrows, que ainda não havia assinado com Gerhard Berger, extremamente ameaçado de não correr em 1986.

Os pilotos acabaram aprovando o traçado de Adelaide, elogiando também seu asfalto, sua segurança e sua organização, que falhara em apenas um quesito: a quantidade de voltas. Em uma pista lenta como o circuito australiano, 82 giros era muita coisa, porém o número ficou mantido para que acontecesse uma corrida que beirasse, ou até ultrapassasse o limite de duas horas.


Com a aderência da pista melhorando a cada dia, Ayrton Senna cravou a pole position para a prova inaugural em Adelaide, enquanto Nigel Mansell ficava 0.704s artás do brasileiro, na segunda colocação. Keke Rosberg e Alain Prost formavam a segunda fila, com Michele Alboreto e Marc Surer logo atrás. Gerhard Berger, Patrick Tambay, Nelson Piquet e Elio de Angelis fechavam o top ten.

Thierry Boutsen era décimo primeiro com Derek Warwick e Eddie Cheever em sua volta, enquanto Riccardo Patrese era décimo quarto, ao lado do companheiro de equipe, e Stefan Johansson e Niki Lauda formavam a oitava fila. Martin Brundle era décimo sétimo, Philippe Streiff décimo oitavo, Alan Jones décimo nono, Jacques Laffite vigésimo e Piercarlo Ghinzani, Ivan Capelli, Pierluigi Martini, Teo Fabi e Huub Rothengatter fechavam o grid.


No domingo, o calor australiano estava presente no grid de Adelaide, possibilitando uma boa corrida, longa, com muitos erros e abandonos por causas mecânicas. Na partida, Nigel Mansell tomou a liderança de Ayrton Senna enquanto Rosberg pulou para terceiro com Gerhard Berger se tornando sexto depois de passar por Marc Surer. Correndo em casa, Alan Jones ficou no grid e teve de ser empurrado para voltar a corrida de maneira alucinante.

No meio da primeira volta, Ayrton Senna inicia suas loucuras do dia, jogando Nigel Mansell para fora da pista e deixando Keke Rosberg assumir a liderança da prova. O Leão tem de ir aos boxes, onde abandona com problemas na transmissão após cair para a sétima colocação. Lá na frente, Senna e Rosberg começam a abrir em relação aos outros pilotos, com Michele Alboreto liderando a briga entre ele, Alain Prost e Gerhard Berger.


Martin Brundle começa a se arrastar pela pista com problemas em sua Tyrrell, caindo para a última posição enquanto Alan Jones inicia uma estrondosa recuperação ao ultrapassar Martini e Rothengatter em apenas uma volta. A escolha dos pneus acabou sendo uma incógnita para as equipes, mas se sabia que cada piloto iria parar uma vez, o que inicia o trabalho nos boxes logo cedo, com Jacques Laffite entrando e voltando logo atrás de Rosberg e Senna, que ataca o finlandês.

Na sétima volta, Gerhard Berger assume a quarta colocação depois de ultrapassar Alain Prost, e Elio de Angelis passa ser sétimo após passar por Patrick Tambay, que havia cometido um erro. Mais atrás, Eddie Cheever se tornava a primeira Alfa Romeo a abandonar. Pressionado por Jones e Fabi, Streiff perde a décima quinta colocação na volta nove.


Berger e Fabi são os próximos a parar, voltando pertinhos após a Arrows fazer péssima parada. Disputando com Tambay a sétima colocação, Piquet só conseguiria passar o francês depois dele fazer sua parada nos boxes, deixando o brasileiro na sexta colocação após Michele Alboreto também trocar os pneus. Niki Lauda havia ultrapassado Derek Warwick na tentativa de fugir de Alan Jones, que já era o décimo.

Com boa parte do pelotão do meio fazendo suas trocas, além de Nelson Piquet terminar sua carreira na Brabham após ver seu bólido pegar fogo, Alan Jones assumiu a sétima colocação, e estava prestes a entrar nas posições pontuáveis quando Elio de Angelis tomou bandeira preta e foi desclassificado após largar na posição original depois de não partir na volta de apresentação.


A alegria dos australianos acabaria quando Jones foi aos boxes com problemas elétricos em seu Lola, abandonando a prova duas voltas depois. Thierry Boutsen, que também havia parado e voltado na frente de seu companheiro, já estava em décimo primeiro após ultrapassar Piercarlo Ghinzani, Ivan Capelli e Riccardo Patrese em apenas três giros.

Com problemas, Patrick Tambay abandona a prova e deixa Philippe Streiff na beira de conquistar seus primeiros pontos, porém o francês ainda não havia parado. Jacques Laffite, diferentemente do companheiro, já havia trocado os pneus e estava na décima terceira colocação após ultrapassar Teo Fabi, Piercarlo Ghinzani, Huub Rothengatter e Riccardo Patrese.


Tentando se manter na equipe para 1986, Ghinzani segura Teo Fabi para mostrar habilidade com o mesmo TG185. Na vigésima sexta volta, Derek Warwick já ultrapassa Ivan Capelli e é nono colocado, enquanto Jacques Laffite passa por Johansson e Berger. Lá na frente, Alain Prost retoma a terceira colocação perdida para Marc Surer voltas antes, mas logo abandona após estourar seu motor TAG-Porsche.

Infelizmente, para Ghinzani, sua Toleman para com problemas na embreagem, enquanto Fabi continua e ultrapassa Stefan Johansson na disputa pela décima segunda colocação. Sem muitas mudanças, Thierry Boutsen começou a ter problemas em sua Arrows na volta 33, abandonando após ser ultrapassado por Derek Warwick, Ivan Capelli e Jacques Laffite.


Outros que se arrastam na pista são Teo Fabi e Riccardo Patrese, que abandonam perto da volta 40. Philippe Streiff vai aos boxes e volta em nono, atrás de Capelli. Alucinado atrás de Rosberg, Ayrton Senna comete erros bobos em busca da liderança, culminando no toque quando o finlandês diminuía para entrar nos boxes, atrapalhando toda a aerodinâmica do brasileiro que dança fora e dentro da pista tentando dar uma volta antes de retornar á reta de chegada.

Cometendo mais erros, Senna dá um show para o público em Adelaide, errando a entrada dos boxes e tendo que dar mais uma volta no circuito, agora sem toda a asa dianteira. Mais atrás, Marc Surer abandona e Niki Lauda passa a ser terceiro colocado antes de assumir a segunda colocação quando Ayrton finalmente para e volta ainda inteiro na terceira colocação.


Porém parecia que Keke Rosberg estava com problemas, mesmo na liderança, mas tendo que voltar aos boxes na volta 52, deixando Ayrton Senna, que havia ultrapassado Niki Lauda, liderar a prova. Mas, de maneira inteligente, o austríaco retoma a posição do brasileiro e começa a abrir vantagem na primeira colocação em sua última corrida na Fórmula 1, parecia que Lauda conquistaria sua última vitória ali nas ruas de Adelaide, mas seu MP4/2B o traiu de novo, agora com a falha nos freios logo depois da Reta Brabham. Fim de prova e de carreira para o tricampeão.

Ayrton Senna está de novo na liderança com as últimas vinte voltas tendo sido malucas, a ponto de perdemos a ultrapassagem de Jacques Laffite em cima de Derek Warwick e Philippe Streiff em cima de Ivan Capelli. E com problemas na transmissão, o britânico selou o fim da Équipe Renault Elf na Fórmula 1, abandonando na mesma volta do acidente de Lauda.


Na 61º volta, quando se pensava que nada mais aconteceria, Ayrton Senna abandona com problemas em seu motor, ao mesmo tempo de Michele Alboreto, que entrega á Keke Rosberg a liderança da prova mesmo depois do finlandês parar pela terceira vez. Nesse momento, faltam vinte voltas para o fim da corrida, e há apenas nove carros na pista, com Martin Brundle nem sendo considerado classificado após enfrentar problemas no início da prova e retornar à pista muitas voltas atrás de Rosberg.

Mesmo assim, ainda haveria disputa na corrida, com Keke e Jacques Laffite diminuindo o ritmo na ponta e Philippe Streiff se aproximando do companheiro de equipe, tendo uma Ligier mais inteira e equilibrada. Mais atrás, Stefan Johansson ultrapassa Gerhard Berger que vai ao muro, mas consegue retornar para loucura de Enzo Osella que tem Huub Rothengatter na sétima colocação.


Naquele momento da prova, Galvão Bueno chega a exclamar o clássico "Eu, hein!" quando as coisas ficam bastante esquisitas, pois, para ter com jovem Streiff em terceiro, um 'batedor' Capelli em quarto, outro 'batedor' em sexto e dois milagrosos bólidos da Itália em sétimo e oitavo, a corrida tem que ser realmente fantástica.

Perto do fim, Philippe Streiff encosta em Jacques Laffite, só que o veterano gesticula que nem louco dentro de sua Ligier para o jovem francês não ultrapassa-lo, afinal, com esse resultado ele assumia a nona colocação afrente de Niki Lauda no campeonato de pilotos. Mas, persistente, Streiff tentou no fim da Reta Brabham, tocando em Laffite, que o fechou. Resultado? Suspensão quebrada e chances de Capelli terminar no pódio.


Porém, como eu disse, o persistente, Streiff se mantém na pista e vai em busca de seu primeiro pódio. Rosberg cruza linha de chegada na volta seguinte, conquistando sua última vitória em sua despedida da Williams, enquanto Laffite terminou em segundo e Streiff cruzou com apenas três rodas em terceiro. Capelli foi quarto, Johansson quinto e Berger em sexto, coroando a McLaren bicampeã de construtores.

No pódio, Jacques Laffite e Philippe Streiff mal seu olhavam enquanto Frank Williams subiu para receber o troféu de vencedor pela última vez em sua vida, antes de ficar tetraplégico no início de 1986...


RESULTADOS:
  1. 6 - FIN - Keke Rosberg - Williams Honda - 2:00:40.473 - 9pts
  2. 26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault - +43.130s - 6pts
  3. 25 - FRA - Philippe Streiff - Ligier Renault - +1:28.536s - 4pts
  4. 4 - ITA - Ivan Capelli - Tyrrell Renault - +1 Volta - 3pts
  5. 28 - SUE - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - +1 Volta - 2pts
  6. 17 - AUT - Gerhard Berger - Arrows BMW - +1 Volta - 1pt
  7. 24 - HOL - Huub Rothengatter - Osella Alfa Romeo - +4 Voltas
  8. 29 - ITA - Pierluigi Martini - Minardi Motori Moderni - +4 Voltas
  9. 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - Motor - OUT
  10. 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - Transmissão - OUT
  11. 1 - AUT - Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - Freios - OUT
  12. 16 - GBR - Derek Warwick - Renault Elf - Transmissão - OUT
  13. 3 - GBR - Martin Brundle - Tyrrell Renault - NC
  14. 8 - SUI - Marc Surer - Brabham BMW - Motor - OUT
  15. 22 - ITA - Riccardo Patrese - Benetton Team Alfa Romeo - Escapamento - OUT
  16. 19 - ITA - Teo Fabi - Toleman Hart - Motor - OUT
  17. 18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW - Vazamento de Óleo - OUT
  18. 20 - ITA - Piercarlo Ghinzani - Toleman Hart - Embreagem - OUT
  19. 2 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - Motor - OUT
  20. 15 - FRA - Patrick Tambay - Renault Elf - Transmissão - OUT
  21. 33 - AUS - Alan Jones - Team Haas (USA) Hart - Elétrico - OUT
  22. 11 - ITA - Elio de Angelis - Lotus Renault - DSQ
  23. 7 - BRA - Nelson Piquet - Brabham BMW - Fogo - OUT
  24. 23 - EUA - Eddie Cheever - Benetton Team Alfa Romeo - Motor - OUT
  25. 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - Transmissão - OUT
Volta Mais Rápida: Keke Rosberg - 1:23.758


Curiosidades:
- 420º GP
- L Australian Grand Prix
- Realizado no dia 3 de novembro de 1985
- 5º e última vitória de Keke Rosberg
- 1º e único pódio de Philippe Streiff
- 30º pódio de Jacques Laffite
- 3º e última melhor volta de Keke Rosberg
- Último GP de Keke Rosberg na Williams
- Último GP de Elio de Angelis na Lotus
- Último GP de Philippe Streiff na Ligier
- Último GP de Ivan Capelli na Tyrrell
- Último GP de Gerhard Berger na Arrows
- Último GP de Huub Rothengatter na Osella
- Último GP de Derek Warwick na Renault
- Último GP de Patrick Tambay na Renault
- Último GP de Piercarlo Ghinzani na Toleman
- Último GP de Nelson Piquet na Brabham
- Último GP de Marc Surer na Brabham
- 100º GP de Patrick Tambay
- 100º GP de Alan Jones
- 171º e último GP de Niki Lauda
- 22º vitória da Williams
- 40º pódio da Ligier
- 110º e último GP da Alfa Romeo
- 70º e último GP da Toleman
- 7º vitória do motor Honda
- McLaren TAG-Porsche é Campeã do Mundo

  • MELHOR PILOTO: Keke Rosberg
  • SORTUDO: Keke Rosberg
  • AZARADO: Niki Lauda / Alan Jones
  • SURPRESA: Niki Lauda / Jacques Laffite / Philippe Streiff / Ivan Capelli / Gerhard Berger
  • Prêmio Bônus - ALUCINOU: Ayrton Senna
Rosberg deu um verdadeiro show nas ruas de Adelaide, conquistando sua quinta e última vitória de maneira memorável ao superar seu grande rival na disputa de se tornar o melhor piloto da temporada. O finlandês também contou com a sorte, já que parou três vezes e com isso viu a liderança ficar com Lauda e Senna em certos momentos da prova. E quando o austríaco parecia caminhar para uma vitória em sua última corrida, os freios o atrapalham e jogam-o no muro. Apesar disso, Lauda surpreendeu ao aparecer entre os lideres de uma hora para outra, da mesma forma de Laffite, Streiff, Capelli e Berger, que arrancaram um "Eu, hein!" de Galvão Bueno na transmissão. Outro azarado foi Alan Jones, que vinha fazendo prova fantástica e sem dúvida lhe renderia alguns pontos, e quem sabe um pódio, caso seu Lola cooperasse. Enquanto isso, quem deu show foi Ayrton Senna com seus loucuras na Austrália, andando mais tempo fora da pista do que dentro dela e fazendo a alegria do público até abandonar...


Campeonato de Pilotos:
  1. 2 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 73pts
  2. 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - 53pts
  3. 6 - FIN - Keke Rosberg - Williams Honda - 40pts
  4. 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - 38pts
  5. 11 - ITA - Elio de Angelis - Lotus Renault - 33pts
  6. 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - 31pts
  7. 28 - SUE - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - 27pts
  8. 7 - BRA - Nelson Piquet - Brabham BMW - 21pts
  9. 26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault - 16pts
  10. 1 - AUT - Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - 14pts
  11. 15 - FRA - Patrick Tambay - Renault Elf - 11pts
  12. 18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW - 11pts
  13. 8 - SUI - Marc Surer - Brabham BMW - 5pts
  14. 16 - GBR - Derek Warwick - Renault Elf - 5pts
  15. 26 / 4 - FRA - Philippe Streiff - Ligier Renault / Tyrrell Renault - 4pts
  16. 4 / 3 - ALE - Stefan Bellof - Tyrrell Ford / Tyrrell Renault - 4pts
  17. 4 - ITA - Ivan Capelli - Tyrrell Renault - 3pts
  18. 28 - FRA - René Arnoux - Scuderia Ferrari - 3pts
  19. 17 - AUT - Gerhard Berger - Arrows BMW - 3pts
  20. 25 - ITA - Andrea de Cesaris - Ligier Renault - 3pts

Campeonato de Construtores:
  1. Marlboro McLaren International - McLaren TAG-Porsche - MP4/2B - LAU/WAT/PRO -G- 90pts
  2. Scuderia Ferrari SpA SEFAC - Ferrari - 156/85 - ALB/ARN/JOH - G - 82pts
  3. Canon Williams Honda - Williams Honda - FW10 - MAN/ROS - G - 71pts
  4. John Player Special Team Lotus - Lotus Renault - 97T - ANG/SEN - G - 71pts
  5. Motor Racing Developments - Brabham BMW - BT54 - PIQ/HES/SUR - P - 26pts
  6. Équipe Ligier - Ligier Renault - JS25 - CES/STR/LAF - P - 23pts
  7. Équipe Renault Elf - Renault - RE60 / RE60B - HES/TAM/WAR - G - 16pts
  8. Barclay Arrows BMW - Arrows BMW - A8 - BER/BOU - G - 14pts
  9. Tyrrell Racing Organisation* - Tyrrell Ford - 012 - BRU/BEL/JOH - G - 4pts
  10. Tyrrell Racing Organisation* - Tyrrell Renault - 014 - BRU/BEL/CAP/STR - G - 3pts
*= A equipe Tyrrell Racing Organisation aparece duas vezes na tabela pois conquistou pontos com dois construtores diferentes.


Imagens tiradas do Formula 1 HIGH RES photos - GPExpert.com.br - F1-History.deviantart.com

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

GP Memorável 70# - Brasil 1976


Os pilotos chegaram na América do Sul graças ao pagamento total dos organizadores do GP do Brasil que, na época, dividiam as despesas com a outra prova realizada no continente, mas que em 1976 acabou cancelada por causa dos graves problemas políticos e financeiros que vinha enfrentando. Com isso, pela primeira vez na história, o Grande Prêmio do Brasil abriria uma temporada da categoria de maior renome do automobilismo. Era de se orgulhar...

No inverno que antecedeu a realização da prova muita coisa importante havia acontecido, além do cancelamento da prova argentina, Tony Brise acabou falecendo num acidente aéreo ao lado de sua equipe, Embassy-Hill, com Graham Hill pilotando o avião que caiu aos arredores de Londres no fim de novembro. Foi um choque para o automobilismo britânico, que perdera parte de seu passado e parte de seu futuro.


Com Emerson Fittipaldi anunciando de maneira bombástica sua saída da McLaren para ingressar na Copersucar fundada pelo seu irmão no ano anterior, a equipe de Teddy Mayer procurou um jovem talento que fosse páreo para duelar com os campeões da Ferrari, e depois de negar dois chamados, James Hunt acabou sendo contratado pela equipe do "Tio Bruce", iniciado o período mais vitorioso de sua carreira.

A Parnelli perdia o interesse na Fórmula 1, deixando Mario Andretti á pé nas vésperas do GP do Brasil. A Lotus, por sua vez, não arranjou um segundo piloto para correr ao lado de Ronnie Peterson, que já estava prestes a deixar a equipe que estava em decadência. Mesmo assim, Chapman conseguiu colocar Peterson e Andretti para correr em Interlagos, tentando arranjar outros nomes para as provas europeias que se aproximavam.


Estreando na categoria, a equipe de Guy Ligier inscreveu apenas um carro para Jacques Laffite, o promissor francês que já havia conquistado um pódio no ano anterior e tinha novas ambições para 1976. Com um estanho JS5, a Ligier estreou na Fórmula1 no meio do pelotão, pagando mico apenas com o visual extravagante de seu bólido.

A March inscreveu três carros para a prova: Vittorio Brambilla, Lella Lombardi e Hans-Joachim Stuck, enquanto a Copersucar dava um antigo modelo para o jovem estreante Ingo Hoffmann. Nos treinos, James Hunt arrancou a pole position de Niki Lauda por apenas 0.02s, mostrando que a disputa pelo título poderia ser feroz durante a temporada.


Jean-Pierre Jarier era terceiro colocado, com Clay Regazzoni ao seu lado e Emerson Fittipaldi fazendo milagre em levar o Copersucar ao quinto posto no grid, com Jochen Mass em sexto e Vittorio Brambilla, John Watson, Patrick Depailler e José Carlos Pace fechando o top ten. Jacques Laffite era décimo primeiro, Tom Pryce décimo segundo, Jody Scheckter décimo terceiro e Hans-Joachim Stuck décimo quarto.

Carlos Reutemann era apenas décimo quinto colocado no grid, com Mario Andretti e Renzo Zorzi logo atrás. Ronnie Peterson era o décimo oitavo colocado, Jacky Ickx décimo nono, Ingo Hoffmann vigésimo e Ian Ashley e Lella Lombardi fechando o pelotão. No domingo, sol, para iluminar a abertura de mais uma temporada da Fórmula 1.


Na partida, Niki Lauda toma a frente de James Hunt, mas é surpreendido por Clay Regazzoni que assume a ponta da corrida, com Vittorio Brambilla pulando para o quarto posto seguido por Jarier, Mass, Watson, Fittipaldi, Pryce e Depailler. Ao fim da primeira volta, Lombardi é obrigada parar com problemas, retornando a pista ainda na última posição. John Watson abandona com seu Penske em chamas enquanto Jochen Mass vai aos boxes se recuperar do toque que fez em cima de Jarier.

Depois de uma largada fenomenal, Tom Pryce consegue ultrapassar Emerson Fittipaldi e assumir a sexta colocação. Regazzoni, Lauda e Hunt começam a abrir para Vittorio Brambilla, que recebe ataques de Jean-Pierre Jarier enquanto Fittipaldi é ultrapassado por Patrick Depailler e Jody Scheckter. Também fazendo prova interessante, Stuck ultrapassa Pace, Fittipaldi, Laffite e Scheckter, assumindo a oitava posição.


Na mesma volta, Jarier consegue superar Brambilla. Depois de largar mal, Reutemann acompanhou de perto o toque de Mario Andretti em cima de Ronnie Peterson, acabando com a nada promissora prova de ambas as Lotus. Na sexta volta, Tom Pryce toma a quinta posição de Brambilla enquanto Jean-Pierre se junta a batalha pela liderança com Lauda e Hunt logo atrás de Regazzoni.

Rápido, Jacques Laffite agora é nono depois de passar por Jody Scheckter, enquanto mais ao fundo Peterson começa a ter problemas em seu motor. Tentando se recuperar, Jochen Mass assume a décima sexta posição depois de ultrapassar Ingo Hoffmann. Na volta oito Niki Lauda consegue ultrapassa Clay Regazzoni, que logo depois também é superado por James Hunt antes de ser tocado por Jean-Pierre Jarier e sair da pista, sendo obrigado a parar para reparar sua Ferrari, retornando na décima sétima posição.


Decaindo, Brambilla agora é ultrapassado por Patrick Depailler e Carlos Reutemann supera seu companheiro José Carlos Pace na disputa pela décima primeira posição. Na 14º volta, Vittorio Brambilla finalmente abandona, ao lado dele Jacques Laffite que finaliza com a estreia da Ligier com problemas na transmissão.

Nas últimas voltas, Jochen Mass fez uma recuperação boa de posições assumindo a décima primeira colocação ao passar por Jacky Ickx e Renzo Zorzi, ultrapassando José Carlos Pace na volta seguinte. Com problemas no motor, Emerson perde a boa oitava colocação para Carlos Reutemann, sendo superado a cada duas voltas por Jochen Mass, José Carlos Pace, Renzo Zorzi e Jacky Ickx.

Niki Lauda não enfrenta problemas na liderança, com James Hunt sendo pressionado por Jean-Pierre Jarier e Tom Pryce se mantendo na quarta colocação. Na vigésima primeira volta, Mass assume a oitava posição de Carlos Reutemann, enquanto Fittipaldi vai caindo ainda mais e agora perde a posição para Regazzoni e Hoffmann.


Na vigésima sétima volta, Hunt finalmente é superado por Jarier, que começa a tirar a diferença para Lauda. Com problemas, o britânico também é ultrapassado por Pryce e Depailler, acabando no muro da Sargento quando seu acelerador trava, abandonando sua primeira corrida na McLaren. Mais atrás, e algumas voltas antes, José Carlos Pace perde posições enquanto Jacky Ickx finalmente supera Renzo Zorzi.

Recuperado, Regazzoni é nono logo atrás de Reutemann. Uma volta depois de Hunt deixar óleo na Sargento, Jean-Pierre Jarier, que estava pressionando Lauda, trava os freios e vai para o guard-rail, abandonando a prova quando a vitória parecia possível. Carlos Reutemann abandona sem combustível, com isso Clay Regazzoni passa a ser sétimo colocado.


Tom Pryce, depois de segurar Patrick Depailler em boa parte da corrida, acaba cedendo a segunda colocação para o francês na volta 35, com Hans-Joachim Stuck, Jody Scheckter e Jochen Mass se mantando nas posições pontuáveis. Os brasileiros estão cabisbaixos, sem muita alegria e com poucos sorrisos nas arquibancadas: Pace é 10º, Hoffmann é 11º e Fittipaldi é 13º.

E ao fim de 40 voltas giradas em média na casa dos 2 minutos e quarenta segundos, Niki Lauda abre a temporada de 1976 com uma vitória à bordo do defasado 312T, com Patrick Depailler fazendo milagre ao levar os restos mortais do 007 ao pódio ao lado de Tom Pryce que não retornaria novamente á aquele lugar até o dia de sua morte. Stuck fez grande prova e terminou em quarto, com Scheckter e Mass ganhando os últimos pontos.


RESULTADOS:

  1. 1 - AUT - Niki Lauda - Scuderia Ferrari - 1:45:16.78 - 9pts
  2. 4 - FRA - Patrick Depailler - Tyrrell Ford - +21.47s - 6pts
  3. 16 - GBR - Tom Pryce - Shadow Ford - +23.84s - 4pts
  4. 34 - ALE - Hans-Joachim Stuck - Marc Ford - +1:28.17 - 3pts
  5. 3 - AFS - Jody Scheckter - Tyrrell Ford - +1:56.46 - 2pts
  6. 12 - ALE - Jochen Mass - McLaren Ford - 1:58.27 - 1pt
  7. 2 - SUI - Clay Regazzoni - Scuderia Ferrari - +2:15.24
  8. 20 - BEL - Jacky Ickx - Wolf-Williams Ford - +1 Volta
  9. 21 - ITA - Renzo Zorzi - Williams Ford - +1 Volta
  10. 8 - BRA - José Carlo Pace - Brabham Alfa Romeo - +1 Volta
  11. 31 - BRA - Ingo Hoffmann - Copersucar Fittipaldi Ford - +1 Volta
  12. 7 - ARG - Carlos Reutemann - Brabham Alfa Romeo - Falta de Combustível
  13. 30 - BRA - Emerson Fittipaldi - Copersucar Fittipaldi Ford - +3 Voltas
  14. 10 - ITA - Lella Lombardi - March Ford - +4 Voltas
  15. 17 - FRA - Jean-Pierre Jarier - Shadow Ford - Acidente - OUT
  16. 11 - GBR - James Hunt - McLaren Ford - Acidente - OUT
  17. 9 - ITA - Vittorio Brambilla - March Ford - Vazamento de Óleo - OUT
  18. 26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Matra - Transmissão - OUT
  19. 5 - SUE - Ronnie Peterson - Lotus Ford - Pressão de Combustível - OUT
  20. 6 - EUA - Mario Andretti - Lotus Ford - Colisão - OUT
  21. 28 - GBR - John Watson - Penske Ford - Sistema de Combustível - OUT
  22. 14 - GBR - Ian Ashley - Stanley BRM - Bomba de Óleo - OUT
Volta Mais Rápida: Jean-Pierre Jarier - 2:35.07 - Volta 31


Curiosidades:
- 265º GP
- V Grande Prêmio do Brasil
- Realizado no dia 25 de janeiro de 1976
- 8º vitória de Niki Lauda
- 1º pole position de James Hunt
- 2º e último pódio de Tom Pryce
- 59º vitória da Ferrari
- 2º e última melhor volta da Shadow
- 1º GP da Ligier
- 59º vitória do motor Ferrari

  • MELHOR PILOTO: Jean-Pierre Jarier
  • SORTUDO: Niki Lauda
  • AZARADO: Clay Regazzoni / Jean-Pierre Jarier
  • SURPRESA: N/H
Jean-Pierre Jarier foi o grande nome da prova, mesmo estando envolvido em dois toques de atrapalharam a prova de Mass e Regazzoni, quase ultrapassando Lauda nas últimas voltas até se perder no óleo deixado por Hunt. Regazzoni vinha fazendo boa prova, e um pódio era fácil de ser conquistado, mas a agressividade e a fobia de Jarier tiraram até os pontos do suiço. Lauda escapou ileso de tudo, sem enfrentar problemas mecânicos e terminando na primeira colocação.


Campeonato de Pilotos:
  1. 1 - AUT - Niki Lauda - Scuderia Ferrari - 9pts
  2. 4 - FRA - Patrick Depailler - Tyrrell Ford - 6pts
  3. 16 - GBR - Tom Pryce - Shadow Ford - 4pts
  4. 34 - ALE - Hans-Joachim Stuck - March Ford - 3pts
  5. 3 - AFS - Jody Scheckter - Tyrrell Ford - 2pts
  6. 12 - ALE - Jochen Mass - McLaren Ford - 1pt

Campeonato de Construtores:
  1. ITA - Scuderia Ferrari - Ferrari - 312T - LAU/REG - G - 9pts
  2. GBR - El Team Tyrrell - Tyrrell Ford - 007 - SCH/DEP - G - 6pts
  3. GBR - Shadow Racing Team - Shadow Ford - DN5B - PRY/JAR - G - 4pts
  4. GBR - March Engineering - March Ford - 761 - BRA/LOM/STU - G - 3pts
  5. GBR - Marlboro Team McLaren - McLaren Ford - M23 - HUN/MAS - G - 1pt
Imagens tiradas do Google Imagens - GPExpert.com.br - F1-history.deviantart.com

domingo, 24 de janeiro de 2016

GP Memorável 68# - África do Sul 1985


Semanas depois de Brands Hatch, o circo chegava ao meio de controvérsias em Kyalami para mais um GP da África do Sul. Parecia que a década de 80 teve todas as suas confusões bem no país africano, com motivos que sempre envolviam os pilotos, as equipes, os organizadores e até a disputa entre FISA e FOCA, que acabou por não validar a edição de 1981 do GP sul-africano. 

No ano seguinte, a greve dos pilotos, acarretada por um novo e polêmico regulamento de superlicenças, quase impediu a realização da prova e acabou por deixar a Argentina sem um Grande Prêmio pois os patrocinadores acabaram rescindindo o contrato temendo novas revoltas lideradas por grandes nomes do grid, como Jacques Laffite e Niki Lauda.

Mas não estávamos mais em 1981 ou 1982, e sim em 1985, quando a Fórmula 1 já havia decidido um título por lá em 1983 além de ver uma vitória de Lauda em 1984, decretando o início de uma das melhores disputas de título da história. Nunca, nunca mesmo, o apartheid acabou sendo citado numa prova da categoria, afinal, era a coisa mais normal do mundo... (sarcasmo).


Parecia que em 1985 tudo que estava acontecendo na África do Sul desde 1948, isso mesmo, desde 1948, veio á tona para o mundo gerando uma polêmica tão grande que não havia como a Fórmula 1 escapar da conversa, especialmente por ser o único grande esporte que jamais fez uma restrição ao país africano desde aquela data, enquanto organizações, como o COI haviam banido a África do Sul de seus eventos.

Apesar do absurdo da segregação racial, acredito que há algo pior do que isso: ninguém havia notado? Eu, que não era nascido na época, não faço ideia se havia algum comentário sobre o terrível regime que estava imperando no país desde a década de 40. E de repente isto vem á tona? Essa é a ignorância do ser humano? E agora tudo estava nos ombros da FISA...

Jean-Marie Balestre, homem duro que, sinceramente, admirei alguns de seus atos, ainda se mostrou alguém alá Ken Tyrrell, mantendo a prova independentemente do que estava ocorrendo no país, especialmente ao dizer que a Fórmula 1 não se envolvia em assuntos políticos. Pelo menos, para não passar em branco, Balestre retirou a prova do calendário de 1986, o que culminou na falência de Kyalami.


Vários governos fizeram pedidos aos seus pilotos e equipes para que não corressem na África do Sul, mas apenas François Mitterrand, presidente da França, conseguiu segurar as rédeas das equipes de seu país, apesar de que elas já não estavam muito difíceis de segurar: a Renault sofria na temporada, e mesmo faltando a uma etapa, não teria nada a perder da mesma forma da Ligier.

Por outro lado, Mitterrand não conseguiu segurar o novo campeão do mundo Alain Prost, criticado por correr em Kyalami, e o jovem Philippe Streiff, que foi liberado pela Ligier para correr no lugar de Ivan Capelli na Tyrrell. Outra coisa que o presidente francês não conseguiu evitar era a participação das equipes equipadas com o motor Renault, que manteve sua logo estampada nos carros da Lotus e da Tyrrell.

Porém haviam motivos que eram maiores do que os políticos, para os pilotos, que infelizmente tem uma imgagem manchada pelo egoísmo causado em correr a prova. Pilotos como Stefan Johansson e Philippe Streiff ainda não tinham casa confirmada para 1986, e tentavam uma vaga na Ferrari e na Tyrrell, respectivamente. Então, para mim, é plausível a ida desses pilotos.


Rosberg, Piquet e Senna foram proibidos de correr pelos seus países, mas participaram normalmente da prova, afinal, estavam na disputa pela terceira posição da tabela de pilotos. Mas há uma exceção, a de Niki Lauda, que havia quebrado o pulso semanas antes e estava de volta logo em Kyalami, pensando em não participar da prova até mudar de ideia e fazer polêmica ao chegar na África da Sul, afinal, não estava disputando nada no campeonato. O único motivo mais plausível é que aquela seria sua última temporada.

Marcas como Marlboro, Barclay e Beatrice retirarão seus logos dos carros de equipes que, porém, ainda usavam um layout de pintura que mantinha a propaganda de seus patrocinadores. Além do boicote da Renault e Ligier (apenas quatro carros, pequeno número em relação à polemica do momento), RAM e Zakspeed não levaram seus carros para a África do Sul. A equipe de John MacDonald decidiu se reagrupar para resolver algumas coisas sobre 1986, enquanto a equipe alemã já havia fechado sua temporada com a última etapa européia do ano.


Nos treinos, Nigel Mansell marca sua segunda pole position da carreira, sendo 0.124s mais rápido do que Nelson Piquet, formando a primeira fila com seu novo companheiro de equipe para a temporada de 1986. Logo depois vinha Keke Rosberg com Ayrton Senna ao seu lado, Marc Surer é quinto, Elio de Angelis o sexto e Teo Fabi, Niki Lauda, Alain Prost e Thierry Boutsen fecham o top ten.

Gerhard Berger e Riccardo Patrese formavam a sexta fila, sendo seguidos por Piercarlo Ghinzani e Eddie Cheever enquanto Michele Alboreto e Stefan Johansson eram apenas décimo quinto e décimo sexto colocados no grid, com Martin Brundle colocando-se na frente de Alan Jones que fica no meio das Tyrrell. Pierluigi Martini e Huub Rothengatter fecham o pelotão.

Apesar de marcar o 18º tempo dos 21, Jones não largaria por motivos de saúde, priorizando a prova daqui a duas semanas, em casa, quando finalmente a Austrália estreará na Fórmula 1. Na partida, Mansell e Rosberg pulam para a frente com Ayrton ficando atrás de de Angelis, enquanto Piquet se segurava na mesma linha de dentro com Marc Surer se aproximando para tomar a posição de ambas as Lotus.


Ainda na reta, Rosberg erra marcha e fica atrás de Surer e das duas Lotus. Mais ao fundo, Eddie Cheever e Riccardo Patrese se tocam e acabam abandonando, deixando o grid de apenas 20 carros mais vazio. Logo, Marc Surer é superado por Elio de Angelis, Ayrton Senna, Keke Rosberg e Niki Lauda, caindo para a sétima posição. Ghinzani também se envolveu no toque das Alfas e teve de ir aos boxes, algo crucial para o resultado da corrida.

Rosberg já começava seu show indo em busca da liderança da corrida, ultrapassando Senna, de Angelis e Piquet para assumir a segunda posição na quinta volta, com o brasileiro da Brabham perdendo seu motor turbo e abandonando logo depois. Antes de Nelson, Surer, Rothengatter e Fabi já haviam saído da corrida, mostrando que a prova poderia se tornar um fiasco com o baixo número de pilotos terminando.


Voltas antes, Alain Prost já havia tomado a posição de Niki Lauda, enquanto Michele Alboreto se mantinha na frente de Gerhard Berger, oitavo colocado, com Martin Brundle em nono e Stefan Johansson fechando o top ten. Thierry Boutsen, Philippe Streiff, Pierluigi Martini e Piercarlo Ghinzani se mantinham na pista, mas não por muito tempo.

Batalhando com de Angelis, Senna assume a terceira colocação na mesma volta em que Keke Rosberg toma a ponta de Nigel Mansell, já abrindo para o companheiro de equipe. Atrasado, em relação ás voltas, Ghinzani estoura seu motor Hart em plena reta de Kyalami, chegando à primeira curva ainda espalhando óleo pela pista. Resultado?


Martini rodou e teve sorte em não ir para a terra, sorte que Rosberg, que vinha forte, não teve, rodando e perdendo a ponta para Rosberg. Quase no mesmo instante, Ayrton Senna vai aos boxes e abandona a prova por causa do motor, enquanto Alboreto se arrasta no circuito com problemas em seu turbo Ferrari. É Kyalami, seu calor, suas retas e seus desafios fazendo vitimas.

Gerhard Berger foi aos boxes, voltando na nona posição, enquanto Rosberg ficava agora em quinto. Pressionando Elio de Angelis, Alain Prost e Niki Lauda superam o italiano para assumirem a segunda e a terceira colocação respectivamente, com o italiano tentando ao máximo poupar seu carro para chegar ao fim da prova.


Numa corrida monótona, Nigel Mansell segurava Prost e Lauda, enquanto o showman Rosberg se aproximava de de Angelis, ultrapassando o italiano na volta dezesseis, sem antes de Stefan Johansson assumir a sexta posição ao passar por Martin Brundle. Havia apenas onze carros na pista, mas Philippe Streiff queria mostrar trabalho para Ken Tyrrell e por isso encontrou um dos muros do circuito sul-africano, abandonando a prova e deixando apenas dez bólidos em Kyalami.

Forçando, Rosberg tem que ir aos boxes na volta vinte e seis, voltando em sexto logo atrás de Martin Brundle que ganhou a posição perdida para Johansson depois do ferrarista parar. Na vigésima sétima volta, Keke passa por Brundle, além de Berger superar seu companheiro de equipe na disputa pela sétima colocação. Pouco depois, Stefan Johansson conseguiria passar por ambas as Arrows.


de Angelis também vai para os boxes pra trocar os pneus, voltando entre Brundle e Johansson. Com Mansell segunda a ponta, as duas McLaren param, com Alain Prost voltando atrás de Niki Lauda que vê ali a chance de mostrar seu talento novamente em 1985, mas falha, com seu turbo estourando e obrigando á um triste abandono em sua penúltima corrida da carreira.

Alain Prost agora tenta superar Nigel Mansell, que também faz a sua parada e volta na liderança, enquanto de Angelis assume a quarta posição ao ultrapassar Martin Brundle. O britânico para na volta quarenta e dois, retornando na penúltima colocação ao perder a posição para Johansson, Boutsen e Berger. Sem falar que o belga conseguiu passar pelo austríaco voltas antes.


Pierluigi Martini também abandona, não fazendo muita diferença ao não ser sujar a reta dos boxes ainda mais de óleo. Com Prost colado e tentando passar por Mansell, Rosberg começa a se aproximar que nem louco de ambos, tentando uma vitória que lhe era merecida. Aos poucos, o campeão do mundo começa a ter problemas elétricos e começa a perder terreno para Mansell, que respira.

Forçando, Keke é obrigado a parar pela segunda vez, algo absurdo naqueles tempos. Tentando se manter na zona de pontos, Elio de Angelis acaba sendo a última vitima do GP da África do Sul, também estourando o motor Renault de sua Lotus. A classificação no momento é Mansell em primeiro, Prost em segundo, Rosberg em terceiro, Johansson em quarto, Boutsen em quinto, Berger em sexto e Brundle em sétimo. Só...


Mas ainda havia emoção por vim, depois de uma prova que só havia tido momentos interessantes em suas primeiras voltas. Thierry Boutsen foi para os boxes, entregando a quinta colocação pra Gerhard Berger que caminha para seus primeiros pontos oficiais. Keke Rosberg, aquele que deu show em quase todas as provas do ano, finalmente daria o maior em Kyalami, nas últimas voltas.

Até então, Rosberg "poupava" o carro na perseguição á Alain Prost, mas quando o francês finalmente entrou no campo de visão do piloto da Williams, aí a torcida foi à loucura. Alucinado (como disse Galvão Bueno narrando as últimas voltas), Keke tirou a diferença para Prost, subindo em zebras e saindo de lado em várias curvas. Quando o finlandês assumiu a segunda colocação, parecia que o show havia acabado, mas havia mais por vim.



Agora perseguindo o impossível, a vitória, Rosberg realmente alucinou saindo fora da pista e indo até a grama em certos pontos do circuito, isso tudo para tentar alcançar Mansell, que não era mais alcançável, vencendo a prova sem muitas dificuldades, com o finlandês em segundo, Johansson em quarto e Berger e Boutsen fechando os pontos para a Arrows, mas ainda tinha alguém faltando para cruzar a linha de chegada...

Alain Prost, com problemas, se arrastou pelo circuito de Kyalami na última volta, cruzando a linha de chegada aos empurrões de seu corpo dentro cockpit. É nesse momento que eu pergunto: "Valia mesmo a pena de ter ido á Kyalami para pilotos como Lauda, Senna, Piquet, Prost, Alboreto, Ghinzani, Fabi, Patrese, Cheever e ainda mais Jones?


RESULTADOS:
  1. 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - 1:28:22.866 - 9pts
  2. 6 - FIN - Keke Rosberg - Williams Honda - +7.572s - 6pts
  3. 2 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - +1 Volta - 4pts
  4. 28 - SUE - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - +1 Volta - 3pts
  5. 17 - AUT - Gerhard Berger - Arrows BMW - +1 Volta - 2pts
  6. 18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW - +1 Volta - 1pt
  7. 3 - GBR - Martin Brundle - Tyrrell Renault - +2 Voltas
  8. 11 - ITA - Elio de Angelis - Lotus Renault - Motor - OUT
  9. 29 - ITA - Pierluigi Martini - Minardi Motori Moderni - Radiador - OUT
  10. 1 - AUT - Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - Turbo - OUT
  11. 4 - FRA - Philippe Streiff - Tyrrel Renault - Acidente - OUT
  12. 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - Motor - OUT
  13. 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - Turbo - OUT
  14. 7 - BRA - Nelson Piquet - Brabham BMW - Motor - OUT
  15. 20 - ITA - Piercarlo Ghinzani - Toleman Hart - Motor - OUT
  16. 19 - ITA - Teo Fabi - Toleman Hart - Motor - OUT
  17. 8 - SUI - Marc Surer - Brabham BMW - Motor - OUT
  18. 24 - HOL - Huub Rothengatter - Osella Alfa Romeo - Elétrico - OUT
  19. 22 - ITA - Riccardo Patrese - Benetton Team Alfa Romeo - Colisão - OUT
  20. 23 - EUA - Eddie Cheever - Benetton Team Alfa Romeo - Colisão - OUT
  21. 33 - AUS - Alan Jones - Team Haas (USA) Hart - Indisposto - OUT
Volta Mais Rápida: Keke Rosberg - 1:08.149 - Volta 74


Curiosidades:
- 419º GP
- XIX Grand Prix of South Africa
- Realizado no dia 19 de outubro de 1985
- Último GP no antigo Kyalami
- Último GP realizado no sábado
- Último GP não realizado em um domingo
- Retorno de Niki Lauda
- Estreia de Philippe Streiff na Tyrrell
- 2º vitória de Nigel Mansell
- 2º pole position de Nigel Mansell
- 21º vitória da Williams
- 6º vitória do motor Honda
- 30º pódio do motor TAG-Porsche

  • MELHOR PILOTO: Keke Rosberg
  • SORTUDO: Nigel Mansell
  • AZARADO: Keke Rosberg
  • SURPRESA: Gerhard Berger
Rosberg deu seu melhor show do ano em Kyalami, alucinado durante toda a corrida para terminar numa imerecida segunda posição, sendo o azarão por rodar no óleo deixado pelo motor Hart de Ghinzani. Já Mansell teve sorte mais uma vez, vencendo a prova sem cometer e erros. Berger por sua vez finalmente pontuou oficialmente, conquistando um quinto lugar depois da parada de Boutsen e dos abandonos dos outros pilotos.


Campeonato de Pilotos:
  1. 2 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 73pts
  2. 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - 53pts
  3. 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - 38pts
  4. 11 - ITA - Elio de Angelis - Lotus Renault - 33pts
  5. 6 - FIN - Keke Rosberg - Williams Honda - 31pts
  6. 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - 31pts
  7. 28 - SUE - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - 25pts
  8. 7 - BRA - Nelson Piquet - Brabham BMW - 21pts
  9. 1 - AUT - Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - 14pts
  10. 15 - FRA - Patrick Tambay - Renault Elf - 11pts
  11. 18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW - 11pts
  12. 26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault - 10pts
  13. 8 - SUI - Marc Surer - Brabham BMW - 5pts
  14. 16 - GBR - Derek Warwick - Renault Elf - 5pts
  15. 4 / 3 - ALE - Stefan Bellof - Tyrrell Ford / Tyrrell Renault - 4pts
  16. 25 - ITA - Andrea de Cesaris - Ligier Renault - 3pts
  17. 28 - FRA - René Arnoux - Scuderia Ferrari - 3pts
  18. 17 - AUT - Gerhard Berger - Arrows BMW - 2pts

Campeonato de Construtores:
  1. Marlboro McLaren International - McLaren TAG-Porsche - MP4/2B - LAU/PRO - G - 90pts
  2. Scuderia Ferrari SpA SEFAC - Ferrari - 156/85 - ALB/ARN/JOH - G - 80pts
  3. John Player Special Team Lotus - Lotus Renault - 97T - ANG/SEN - G - 71pts
  4. Canon Williams Honda - Williams Honda - FW10 - MAN/ROS - G - 62pts
  5. Motor Racing Developments - Brabham BMW - BT54 - PIQ/HES/SUR - P - 26pts
  6. Équipe Renault Elf - Renault Elf - RE60 / RE60B - HES/TAM/WAR - G - 16pts
  7. Équipe Ligier - Ligier Renault - JS25 - CES/STR/LAF - P - 13pts
  8. Barclay Arrows BMW - Arrows BMW - A8 - BER/BOU - G - 13pts
  9. Tyrrell Racing Organisation - Tyrrell Ford - 012 - BRU/BEL/JOH - G - 4pts


Imagens tiradas do Google Imagens - Formula 1 HIGH RES photos - GPExpert.com.br