terça-feira, 10 de janeiro de 2017

GP Memorável #82 - Bélgica 1986


Depois da vitória de Alain Prost em Mônaco, as equipes McLaren, Benetton, Ferrari, Brabham, Ligier, Tyrrell e Haas estavam em Paul Ricard para uma sessão de testes coletivos.

Após largar na última posição nas ruas de Monte Carlo, Elio de Angelis diz, sorridente: "eu poderia ter sido segundo no grid... pena que será só em Spa". O italiano havia abandonado três das quatro provas que já haviam acontecido em 1986, e estava empolgado com a expectativa de evolução da equipe e do BT55. Ele, que odiava testes, se prontificou no lugar de Riccardo Patrese, que não foi para Le Castellet.

Mas, naquele 14 de maio, o mundo se chocaria com uma tragédia à mais de 250Km/h. Na região dos esses da Verrière, uma fumaça negra começa a subir. Alan Jones foi o primeiro a chegar ao local: "Não havia nada que eu pudesse fazer, eu só fiquei lá com minhas mãos no ar". Logo depois, foi a vez de Alain Prost, Nigel Mansell e Jacques Laffite chegarem, tentando desesperadamente fazer algo que pudesse salvar o colega e amigo de Angelis.

Um fiscal que estava nas imediações tentou apagar as labaredas que afligiam o BT55, mas de forma totalmente despreparada, vestindo um shorts e uma camiseta. Jones percebeu que o pó do extintor atingiu mais a cabine do piloto do que o incêndio que estava no motor, o que pioraria ainda mais o estado de de Angelis, que só seria retirado do carro dez minutos depois do acidente.

Por incrível que pareça, não havia nenhum helicóptero de emergência no autódromo. A espera de trinta minutos seria dolorosa e terrível. Elio ainda estava respirando, mas com muitas dificuldades. Naquela noite, Dr. Sid Watkins seria informado que o italiano sofrera extensos danos cerebrais e que a situação era quase irreversível. No outro dia, veio a confirmação: Elio de Angelis havia morrido por causa de graves ferimentos na cabeça e no peito.


Uma falha na asa traseira do BT55 fez Elio capotar várias vezes, saltar o guard-rail e parar de cabeça para baixo, 91 metros de distância do primeiro embate. Havia morrido um dos pilotos mais talentosos de sua geração, e um dos últimos gentleman da Fórmula 1. Nascido em Roma, de Angelis tinha 28 anos e duas vitórias na categoria.

Ayrton Senna diria: Elio era uma pessoa à parte porque ele exerceu seu trabalho pelo amor ao esporte, sem motivação financeira. Ele era um cavaleiro, uma pessoa de qualidade que estou orgulhoso de ter conhecido.

Depois da fatalidade, as mudanças. Jean-Marie Balestre, também abalado pela morte de Henri Toivonen e Sergio Cresto no rally, tomou medidas extremamente radicais, banindo o Grupo B e o Grupo S. Alain Prost e Nelson Piquet estava preocupados com as velocidades que os carros estavam atingindo: "350Km/h em uma reta tudo bem, [...] mas 300Km/h após algumas centenas de metros é absolutamente ridículo" dizia o francês, que pedia por uma diminuição rápida na potência dos motores.

A FOCA se reuniria com Balestre para decidir o futuro da categoria, com todos concordando em diminuir para 600cv a potência dos motores. Ron Dennis é a exceção, dizendo que não foi a potência do motor que matou Elio de Angelis, mas sim uma falha na asa. O inglês estava certo em reclamar. Mas, no sábado, dia 17, Balestre emitiu o comunicado oficializando as mudanças. A FISA ainda iria discutir outras para diminuir a pressão do turbo e o diâmetro do compressor.


Para piorar, Jean-Marie mudou o traçado de Paul Ricard, diminuindo o tamanho da Reta Mistral e retirando os esses Verrière. Em contrapartida, todo teste agora deveria ter uma ambulância, um helicóptero e um médico de plantão.

A consciência de todos estava pesada quando o circo chegou em Spa-Francorchamps, quase duas semanas depois da tragédia. A Brabham tinha apenas um carro para Riccardo Patrese, enquanto o #8 que era de de Angelis estava sendo preparado para Derek Warwick. A BMW, fornecedora de motores para a equipe inglesa e para Arrows e Benetton, disse que tinha a intenção de ter uma equipe própria em 1988, e com um nome já selecionado: Niki Lauda.

A Ferrari tinha novos turbos e uma suspensão traseira modificada. A Honda melhorara a recuperação de velocidade de seu motor e a Lotus trocou a parte traseira do 98T pelo do 97T de 1985. Enquanto isso, na Tyrrell, Philippe Streiff correria com a câmera onboard, uma das principais atrações para 1986.

Nos treinos, Gerhard Berger brilhou, marcando o tempo mais rápido no Q1 e só perdendo a pole position nos últimos minutos do Q2. Sendo assim, Nelson Piquet partiria da ponta com o austríaco ao seu lado. Alain Prost era terceiro, com Ayrton Senna em quarto e Nigel Mansell, reclamando do tráfego, em quinto. Teo Fabi, na segunda Benetton, era sexto, René Arnoux sétimo, Keke Rosberg apenas oitavo, Michele Alboreto nono e Patrick Tambay décimo.


Stefan Johansson era décimo primeiro, com Martin Brundle ao seu lado. Johnny Dumfries tinha o décimo terceiro melhor tempo, a frente de Thierry Boutsen, Riccardo Patrese e Alan Jones. Com problemas nos dois dias de treinos, Jacques Laffite era apenas décimo sétimo, ao lado de seu ex-companheiro Philippe Streiff. Andrea de Cesaris era o melhor dos piores com o décimo nono posto. Fechando o grid estavam Jonathan Palmer, Marc Surer, Alessandro Nannini, Huub Rothengatter, Piercarlo Ghinzani e Christian Danner.

O domingo amanhece com um belo sol, o que significava que as velhas dúvidas estariam sobre a cabeça de todos nos boxes: os pilotos conseguiriam chegar ao fim? Os mesmos precisariam trabalhar de forma esperta para completar a prova.

Na volta de apresentação, Riccardo Patrese e Christian Danner vão para os boxes com problemas, deixando duas vagas no grid na hora da largada. Na partida, Ayrton Senna se livra de Berger e tenta tomar a ponta, com Rosberg, mais ao fundo, tentando sair da grama após forçar uma forte largada para cima de Fabi.


Pressionado por Senna, Berger joga o carro contra o muro, mas quem estava lá antes era Alain Prost, que tocou na Benetton do austríaco. Confusão. Keke Rosberg é obrigado a dar meia volta, enquanto Patrick Tambay abandona com a suspensão quebrada e Nigel Mansell passa lento pelo local. Graças a confusão, Nelson Piquet escapou ileso para assumir a ponta com Ayrton Senna em segundo.

Prost e Berger vão para os boxes, com o francês trocando a asa dianteira de seu McLaren antes de voltar na penúltima posição. Com Senna e Piquet abrindo, Nigel Mansell é terceiro, Stefan Johansson quarto, Johnny Dumfries quinto, Jacques Laffite sexto, Alan Jones sétimo, Thierry Boutsen oitavo, Michele Alboreto nono e Martin Brundle décimo.

Na terceira volta, Jones, surpreendendo com seu Ford turbo, passa por Laffite e assume o último lugar pontuável. Lutando pela décima segunda posição, Keke Rosberg supera René Arnoux enquanto, mais ao fundo, Christian Danner abandona. Nessa altura, Andrea de Cesaris era décimo quinto com seu Minardi e Huub Rothengatter décimo sexto com seu Zakspeed - posições inimagináveis para ambos.


Com Piquet escapando na liderança, Senna acabaria sendo superado por Mansell na disputa pelo terceiro lugar. A alegria do britânico duraria pouco, já que na volta cinco ele cometeria um erro na Bus Stop, perdendo as posições para o brasileiro da Lotus e para Johansson. Rosberg superou Brundle e Streiff e já é décimo no momento, enquanto Prost tenta se aproximar de Surer, décimo nono colocado.

Duas voltas depois, Keke pararia na Les Combes depois de seu motor TAG-Porsche não resistir às subidas e descidas de Spa-Francorchamps. Essa seria uma das últimas chances para o finlandês manter as esperanças de título vivas. Caindo na tabela, Jones era agora apenas décimo primeiro, na mesma altura em que Johnny Dumfries cometeria um erro antes de ir aos boxes para abandonar.

No oitavo giro, Thierry Boutsen abandona com problemas elétricos, o belga estava lutando para se manter a frente de René Arnoux, que havia acabado de superar as Tyrrell de Brundle e Streiff e agora era sétimo. Surpreendendo, Marc Surer foge de Alain Prost e já é décimo segundo após passar Huub Rothengatter. O atual campeão ainda briga com Riccardo Patrese pelo décimo quinto posto após a rodada de Philippe Streiff na Stavelot.


Se recuperando, Arnoux era sexto na décima primeira volta, tendo superado seu companheiro Jacques Laffite. No giro seguinte, Streiff troca os pneus de sua Tyrrell aos gritos do Tio Ken. E, finalmente, Alain Prost conseguiria passar por Patrese, Nannini e Rothengatter para assumir o décimo terceiro posto. Liderando, Piquet está com a pressão máxima de seu turbo, algo que ele não percebe e que pode custar caro.

No fim da volta dezesseis, o brasileiro pararia nos boxes da Williams para abandonar. O motor Honda não resistiu aos problemas no sistema de controle do FW11, e estava prestes a estourar se o bicampeão continuasse na pista. Agora Ayrton Senna era primeiro, dois segundos a frente de Nigel Mansell, em segundo, e Stefan Johansson em terceiro.

Agora quinto, Arnoux tocaria nos retardatários e danificaria a asa dianteira, sendo obrigado a parar. Na volta seguinte, Laffite faz sua troca de pneus, retornando na sexta posição antes de Martin Brundle também fazer sua parada. Tentando o pulo do gato, Mansell faz sua parada. Oito segundos é um bom tempo que coloca a liderança de Senna em risco. Na volta seguinte, vinte e dois, o brasileiro para e perde a ponta para o inglês. A desordem nos boxes da Lotus custou caro. Em oitavo, após passar Surer, de Cesaris e Fabi, Prost também trocou os pneus, mantendo a posição.

O líder agora era Stefan Johansson. Em décimo, Andrea de Cesaris também faz sua parada nos boxes da Minardi, voltando em décimo segundo antes do abandono de seu companheiro Alessandro Nannini. Na volta vinte e quatro, o sueco da Ferrari fez sua troca, retornando atrás de Michele Alboreto que não deve parar. Com isso, Mansell finalmente assumia a liderança, apenas dois segundos a frente de Senna.


Sexto naquela altura, Martin Brundle abandonaria com a caixa de câmbio quebrada enquanto Rothengatter, décimo terceiro após bom desempenho, superando de forma incrível Jonathan Palmer, também se retirava da prova. Vazamento de água no carro do holandês. Na penúltima posição, René Arnoux abandonaria após estourar seu motor Renault.

Na volta trinta, a classificação era: Nigel Mansell em primeiro, Ayrton Senna segundo, Michele Alboreto terceiro, Stefan Johansson quarto, Jacques Laffite quinto, Alan Jones sexto, Alain Prost sétimo, Teo Fabi oitavo, Marc Surer nono, Andrea de Cesaris décimo, Riccardo Patrese décimo primeiro, Gerhard Berger décimo segundo, Philippe Streiff décimo terceiro e Jonathan Palmer décimo quarto.

Agora a corrida de Mansell era para se livrar dos retardatários, com Senna quase sempre se beneficiando. Quem, no meio disso tudo, se destacou foi Alan Jones com sua Lola Ford, que estava andando no mesmo ritmo do líder da Williams. Infelizmente, o australiano seria obrigado a fazer sua troca de pneus na volta trinta e dois, deixando o sexto lugar para Alain Prost.

A Ferrari começaria a ficar preocupada com a aproximação de Stefan Johansson em cima de Michele Alboreto. A escuderia italiana ainda não marcou mais do que três pontos na temporada e precisa desse resultado, e, como o italiano é o primeiro piloto, o sueco deve deixar que este termine no pódio. Marco Piccinini entraria em desespero voltas depois, quando Johansson começaria a atacar Alboreto na luta pelo terceiro lugar.


Na trigésima sétima volta, de Cesaris fica sem combustível, acendendo o alerta de todos na pista. No giro seguinte, Johansson superaria Alboreto na Les Combes, contrariando ordens de equipe. Ficando sem combustível, Senna é obrigado a diminuir o ritmo, enquanto Alan Jones, com problemas em seu mostrador, para na reta Kemmel. É o fim de uma fabulosa prova do australiano.

No fim, Nigel Mansell conquistaria a terceira vitória de sua carreira, com Ayrton Senna em segundo, Stefan Johansson em terceiro, Michele Alboreto em quarto, Jacques Laffite em quinto e Alain Prost fechando as posições pontuáveis após milagroso desempenho. Surer não cruzaria a linha de chegada, sendo liberado dos boxes depois do fim da corrida para fechar em nono, enquanto Palmer, em situação semelhante, não seria classificado.

Apesar de ser líder do campeonato de pilotos, Ayrton Senna parece pouco feliz depois de enfrentar problemas com sua Lotus durante a corrida. O brasileiro, mais uma vez conseguiu fazer um ótimo trabalho para chegar ao fim, diferentemente de seu compatriota da Williams, que voltou a sofrer com o motor Honda de seu carro. É um momento difícil para Nelson Piquet, que agora vê Nigel Mansell crescer após a vitória.


No pódio, o clima não seria um dos melhores, já que a morte de Elio de Angelis ainda era fortemente sentida. Nigel Mansell foi companheiro do italiano por quatro anos, enquanto Ayrton Senna tinha tido Elio como colega no ano anterior. A Fórmula 1 se encontraria no Canadá, três semanas depois, para a sexta etapa da temporada de 1986 que pintava como uma das melhores dos últimos anos.

RESULTADOS:
  1. 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - 1:27:57.925 - 9pts
  2. 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - +19.827s - 6pts
  3. 28 - SUE - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - +26.592s - 4pts
  4. 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - +29.634s - 3pts
  5. 26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault - +1:10.690s - 2pts
  6. 1 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - +2:17.772s - 1pt
  7. 19 - ITA - Teo Fabi - Benetton BMW - +1 Volta
  8. 7 - ITA - Riccardo Patrese - Brabham BMW - +1 Volta
  9. 17 - SUI - Marc Surer - Arrows BMW - +2 Voltas
  10. 20 - AUT - Gerhard Berger - Benetton BMW - +2 Voltas
  11. 15 - AUS - Alan Jones - Lola Ford - Falta de Combustível
  12. 4 - FRA - Philippe Streiff - Tyrrell Renault - +3 Voltas
  13. 14 - GBR - Jonathan Palmer - Zakspeed Racing - NC
  14. 23 - ITA - Andrea de Cesaris - Minardi Motori Moderni - Falta de Combustível - OUT
  15. 3 - GBR - Martin Brundle - Tyrrell Renault - Caixa de Câmbio - OUT
  16. 29 - HOL - Huub Rothengatter - Zakspeed Racing - Vazamento de Água - OUT
  17. 24 - ITA - Alessandro Nannini - Minardi Motori Moderni - Motor - OUT
  18. 25 - FRA - René Arnoux - Ligier Renault - Motor - OUT
  19. 6 - BRA - Nelson Piquet - Williams Honda - Turbo - OUT
  20. 18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW - Elétrico - OUT
  21. 11 - GBR - Johnny Dumfries - Lotus Renault - Radiador - OUT
  22. 2 - FIN - Keke Rosberg - McLaren TAG-Porsche - Motor - OUT
  23. 21 - ITA - Piercarlo Ghinzani - Osella Alfa Romeo - Motor - OUT
  24. 22 - ALE - Christian Danner - Osella Alfa Romeo - Motor - OUT
  25. 16 - FRA - Patrick Tambay - Lola Ford - Colisão - OUT
Esses foram os pilotos que participaram da corrida
Volta Mais Rápida: Alain Prost - 1:59.282 - Volta 31

Curiosidades:
- 425º GP
- XLIV Grande Prêmio da Bélgica
- Realizado no dia 25 de maio de 1986, em Spa-Francorchamps
- 3º vitória de Nigel Mansell
- 10º pódio de Nigel Mansell
- 24º vitória da Williams
- 9º vitória do motor Honda
- 400º GP do motor Ferrari


  • MELHOR PILOTO: Alain Prost
  • SORTUDO: Nigel Mansell
  • AZARADO: Alain Prost
  • SURPRESA: Stefan Johansson
Alain Prost foi espetacular durante todo o fim-de-semana, marcando a pole e só perdendo a vitória pela confusão na largada. De resto, o francês deu show, conseguindo chegar na ótima sexta posição com seu McLaren. Mansell teve sorte, escapou ileso das confusões e, mesmo após rodar, conseguiu arrancar o primeiro lugar de Senna. A boa surpresa veio de Ferrari, com Stefan Johansson conquistando o primeiro pódio da escuderia em 1986 em meio à críticas.


Campeonato de pilotos:
  1. 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - 25pts
  2. 1 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 23pts
  3. 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - 18pts
  4. 6 - BRA - Nelson Piquet - Williams Honda - 15pts
  5. 2 - FIN - Keke Rosberg - McLaren TAG-Porsche - 11pts
  6. 28 - SUE - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - 7pts
  7. 26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault - 7pts
  8. 20 - AUT - Gerhard Berger - Benetton BMW - 6pts
  9. 25 - FRA - René Arnoux - Ligier Renault - 5pts
  10. 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - 3pts
  11. 19 - ITA - Teo Fabi - Benetton BMW - 2pts
  12. 3 - GBR - Martin Brundle - Tyrrell Renault - 2pts
  13. 7 - ITA - Riccardo Patrese - Brabham BMW - 1pt

Campeonato de construtores:
  1. GBR - Marlboro McLaren International - McLaren TAG-Porsche - MP4/2C - PRO/ROS - G - 34pts
  2. GBR - Canon Williams Honda Team - Williams Honda - FW11 - MAN/PIQ - G - 33pts
  3. GBR - John Player Special Team Lotus - Lotus Renault - 98T - DUM/SEN - G - 25pts
  4. FRA - Equipe Ligier - Ligier Renault - JS27 - ARN/LAF - P - 12pts
  5. ITA - Scuderia Ferrari SpA SEFAC - Ferrari - F1/86 - ALB/JOH - G - 10pts
  6. GBR - Benetton Formula Ltd. - Benetton BMW - B186 - FAB/BER - P - 8pts
  7. GBR - Data General Team Tyrrell - Tyrrell Renault - 014/015 - BRU/STR - G - 2pts
  8. GBR - Motor Racing Developments - Brabham BMW - BT55 - PAT/ANG - P - 1pt
Imagens tiradas do Google Imagens - GPExpert.com.br - F1-History.deviantart.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário